Menu Mobile

Conteúdo da página

OAB leva a Rodrigo Pacheco propostas sobre sustentações orais e solução de conflitos

quarta-feira, 24 de abril de 2024 às 18h05

O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, e o vice-presidente, Rafael Horn, entregaram nesta quarta-feira (24/4) dois ofícios ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, destacando importantes pautas para a advocacia brasileira. Um dos documentos apresenta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para assegurar à advocacia o direito de realizar sustentação oral nos tribunais brasileiros, especialmente no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O texto foi aprovado, por unanimidade, pelo Conselho Pleno em 15 de abril, com o apoio das 27 seccionais da OAB. A PEC busca modificar o artigo 133 da Constituição, garantindo a obrigatoriedade – nos termos dos princípios de acesso à justiça, do devido processo legal e da ampla defesa e contraditório – da sustentação oral por advogados em todas as fases do processo judicial, sob pena de nulidade das decisões. 

“O direito à sustentação oral representa a voz da cidadania e da democracia plena nos tribunais. Embora previsto no rol de direitos e prerrogativas da advocacia da Lei nº 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da OAB), e reforçado pela Lei nº 14.365/2022, tem sido alvo de violações recorrentes no país”, destaca o presidente Beto Simonetti no ofício. 

A PEC altera o texto constitucional para incluir dois novos parágrafos. O primeiro, assegura o direito à sustentação oral, seja presencial ou síncrona, em todas as instâncias de julgamento por colegiado. A norma propõe que qualquer indeferimento deste direito acarrete a nulidade do julgamento e da decisão prolatada.

O segundo parágrafo restringe a capacidade dos órgãos do Poder Judiciário de limitar, restringir ou excluir as hipóteses legais de intervenção da advocacia no processo, particularmente a sustentação oral, salvo o disposto no artigo 96, inciso I, alínea "a" da Constituição, que estabelece as atribuições específicas dos tribunais.

“O aperfeiçoamento do sistema de justiça e o fortalecimento do contraditório e da ampla defesa, por meio da garantia da sustentação oral, são medidas de interesse coletivo. A advocacia brasileira confia plenamente no Poder Legislativo nacional, que historicamente atende às demandas da classe com celeridade e eficácia”, reforça Beto Simonetti. 

Nenhuma prerrogativa a menos

No segundo ofício, o CFOAB pede apoio para o Projeto de Lei da Câmara nº 80/2018, que visa tornar obrigatória a presença do advogado em processos de mediação e conciliação nas estruturas do Poder Judiciário, em especial nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs). Segundo o vice-presidente Rafael Horn, "o advogado é indispensável para a administração da Justiça, sendo essencial para a resolutividade dos processos de mediação e de conciliação". 

Rodrigo Pacheco foi relator da proposta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Na oportunidade, Simonetti e Horn destacaram que o PL “possui grande relevância para a efetividade das soluções consensuais de conflitos, na medida em que assegura a orientação jurídica ao cidadão, permitindo-lhe o acesso aos devidos esclarecimentos na condução de litígios e na resolução bem-sucedida de conflitos”. 

“A tramitação e futura aprovação do PLC 80/2018 terão efeitos que irão, seguramente, fortalecer a cidadania brasileira e beneficiará a sociedade em geral”, reforçou o vice-presidente da OAB Nacional. 

Leia mais:

OAB aprova texto de PEC que será enviado ao Congresso para assegurar sustentação oral no STF

OAB vai ao Congresso para assegurar sustentação oral no STF, diz Simonetti

Recomendar

Relatar erro

O objetivo desta funcionalidade e de reportar um defeito de funcionamento a equipe técnica de tecnologia da OAB, para tal preencha o formulário abaixo.

Máximo 1000 caracteres