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OAB-GO repudia atuação de juiz envolvido com quadrilha

terça-feira, 6 de março de 2007 às 17h39

Goiânia, 06/03/2007 – O presidente da Seccional de Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) irá encaminhar amanhã (07) aos presidentes do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto e do Tribunal de Justiça de Goiás, José Lenar de Melo Bandeira, cópia da nota de repúdio aprovada pelo Conselho Seccional ao comportamento do juiz Edison de Moraes, da comarca de Goiatuba, contra quem pesam denúncias de formação de quadrilha, comercialização de sentenças, manipulação de distribuição de processos e arquivamento de processos de acordo com interesses alheios ao andamento processual. O juiz é ainda suspeito, segundo a OAB-GO, de autoria intelectual dos crimes de seqüestro e cárcere privado praticados contra o advogado Fernando Jacques Onófrio e sua família, conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual, que o Superior Tribunal de Justiça determinou seja recebida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

Na reunião do colegiado, presidida por Miguel Ângelo Cançado, três ex-presidentes da subseção de Goiatuba, Dirceu Abdala, José de Oliveira e Jadir Fernandes Costa, que haviam apresentado acusações contra o juiz na sessão plenária do Conselho do dia 14 de fevereiro, reforçaram suas denúncias. Além deles, Camyla de Souza Franco, advogada militante na subseção, também compareceu à sessão para reforçar as acusações. Dirceu, profissional da justiça há 44 anos, reafirmou que é perseguido há 15 anos pelo juiz. O advogado acredita que a perseguição deve-se ao fato de ser ele o autor de representação contra o magistrado no Conselho Nacional de Justiça e na Corregedoria Geral de Justiça.

Um dos presentes à reunião, Jadir Fernandes, afirmou que no período em que foi presidente da Subseção, entre 1992 e 1998, houve 40 representações contra Edison de Moraes no Tribunal de Justiça (TJ). Dessas, 19 movidas pela subseção e o restante de advogados. Todas foram arquivadas. Indignado com tais despropósitos, o presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, afirmou que lutar pela dignidade da advocacia do estado de Goiás é uma meta da seccional goiana. O presidente fez questão de ressaltar, porém, que a intenção não é provocar um confronto de instituições, mas punir aqueles profissionais que se desviam da conduta ética.

“Esperamos que o TJ tome providências em relação a esse magistrado”, enfatizou Miguel Cançado ao contar aos advogados presentes que ele, acompanhado da maioria dos diretores e conselheiros seccionais da entidade, pediu ao então presidente do TJ, desembargador Elcy Santos Melo, o afastamento do juiz Edison de Moraes, até que sejam apuradas as denúncias apresentadas contra a conduta ética do magistrado.

A OAB-GO publica amanhã nos principais meios de comunicação de Goiás nota de repúdio à atuação do juiz Edison de Moraes.

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