Menu Mobile

Conteúdo da página

Pinaud: violência combatida com bala e repressão é enxugar gelo

terça-feira, 12 de dezembro de 2006 às 09h45

Brasília, 12/12/2006 - A questão crônica e recorrente da violência no País - que esta semana fez como vítima até a presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, assaltada na Linha Vermelha do Rio - não será resolvida com a surrada política de segurança pública, baseada na bala, repressão, prisão, penas ilimitadas. São necessárias, sim, políticas públicas de segurança, como valorização da educação, do trabalho, da religião, ou seja, da cidadania. Esta é a avaliação do jurista João Luiz Duboc Pinaud, membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo ele, a CNDH concluiu que persistir nos atuais métodos de combate à violência no Brasil "será como enxugar gelo"

"Enquanto for mantido essa questão de criminalidade versus repressão vamos ficar num circulo vicioso", ressaltou o jurista .Ele informou que a proposta que a Comissão de Direitos Humanos vem formulando em seminários nacionais e internacionais é de que só se derrotará a criminalidade mudando a forma de abordar o problema. "Primeiro, é preciso ver as raízes do problema, e ele está na falta de educação básica, falta de trabalho, de lazer, de religião", salientou.

Segundo Duboc Pinaud, a proposta que a CNDH vem formulando pretende ressaltar a diferença entre política de segurança pública e políticas públicas de segurança. "A primeira, com balas, repressão, prisão, penas ilimitadas, é um absurdo, um circulo vicioso; é enxugar gelo", destacou. "A nossa proposta é se fazer políticas públicas de segurança, valorizando a educação, o trabalho, a religião, em suma, valorizando a cidadania", acrescentou. O diagnóstico da Comissão, conforme observou é de que a situação da violência no País tem piorado, mas ainda há como controlá-la, desde que os métodos sejam radicalmente mudados."Se continuar como está, vamos ficar sem caminhos para debelar a violência".

Recomendar

Relatar erro

O objetivo desta funcionalidade e de reportar um defeito de funcionamento a equipe técnica de tecnologia da OAB, para tal preencha o formulário abaixo.

Máximo 1000 caracteres