Debate: Alckmin elogia Exame de Ordem e quer qualificar ensino
Brasília, 18/10/2006 – A abertura de faculdades precisa ser criteriosa e antecedida de rigorosa avaliação sobre os cursos e suas finalidades, visando sempre a qualidade do ensino e sua adaptação à vocação regional. Esse será o caminho seguido num eventual governo Geraldo Alckmin, segundo afirmou hoje (18) o candidato, durante debate promovido pelo Conselho Federal da OAB. Ele fez a afirmação ao responder pergunta do conselheiro federal por Santa Catarina, Jefferson Kravchychyn, que representou a região Sul no debate, sobre como comportaria seu governo frente à instalação de novos cursos superiores na área privada e como seriam fiscalizados. Alckmin elogiou também o Exame de Ordem realizado pela OAB para admitir o ingresso do bacharel em Direito no exercício da advocacia
“O aumento de faculdades, muitas delas de qualidade muito ruim, ocorreu não só no Direito – e olha que na área do Direito ainda tem o Exame de Ordem, que funciona como um anteparo”, observou Geraldo Alckmin. “Imagina o caso da Medicina, em que não se tem exame nem tem residência para um décimo dos formandos; geralmente, mandam para as emergências dos hospitais aqueles alunos com menos experiência, exatamente um setor que pode exigir maior experiência tendo em vista a gravidade dos casos”, comparou o candidato.
Alckmin afirmou que os critérios de avaliação e fiscalização do ensino superior montados pelo ex-ministro Paulo Renato Soares, no governo Fernando Henrique Cardoso, foram desmontados pelo governo Lula, mas seriam retomados num eventual governo seu. Ele se comprometeu a “investir pesado” no ensino básico, incluindo o fundamental e o segundo grau, e a recuperar universidades públicas. Ele acrescentou que a abertura de cursos superiores em seu governo, assim como cursos profissionalizantes de segundo grau, passariam a obedecer o critério da vocação econômica.
“A educação de qualidade em meu governo será uma obsessão nacional”, completou o candidato, comprometendo-se também a criar um piso nacional para professores do ensino básico. No pagamento desse piso, segundo ele, o governo federal ajudará os Estados e municípios que não tiverem condições de arcar com o piso dos docentes.