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Busato ataca sanguessuga e prega eleições limpas

quarta-feira, 23 de agosto de 2006 às 08h15

Vitória da Conquista (BA), 23/08/2006 - "O Brasil virou aquele país em que, quando pensamos que já vimos tudo, nós não vimos nada, como comprova o caso desses sanguessugas; mas o Brasil é maior que esses anões e sanguessugas que infestam o país, como comprovará civilizadamente nas urnas em outubro". A afirmação, em tom de indignação, foi feita hoje (23) pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, durante manifestação promovida pela Subseção de Vitória da Conquista, município do leste baiano. Busato defendeu a necessidade do "voto limpo e consciente", lembrando que a OAB e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já estão nas ruas com sua Campanha Nacional contra a Corrupção Eleitoral para fiscalizar o pleito e denunciar a compra de voto.

Para um auditório lotado, como fez também em suas recentes visitas aos municípios baianos de Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Guanambi, Santa Maria da Vitória e Brumado e Ipiaú - sempre acompanhado do presidente da Seccional da OAB-BA, Dinailton Oliveira -, Busato fez duras críticas aos desvios éticos e aos casos de corrupção no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou que Lula, o metalúrgico, assumiu em início de 2003 como grande esperança da cidadania brasileira, mas que está encerrando um governo decepcionante em dezembro de 2006.

Roberto Busato lembrou que, desde que o início de sua gestão no Conselho Federal da OAB, em fevereiro e 2004, até hoje, foi uma sucessão de escândalos, que comparou a uma caixa de lenços, sob a égide do atual governo. Ele citou, nessa linha, os casos protagonizados pelo ex-assessor da Presidência da República, Waldomiro Diniz, dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Pallocci e os escândalos que desaguaram nas CPIs do Mensalão e dos Sanguessugas - esta também chamada de CPI da Máfia das Ambulâncias.

"Dos palácios saiu o mau exemplo até para as penitenciárias", afirmou o presidente nacional da OAB referindo-se às rebeliões do Primeiro Comando da Capital, em São Paulo, as quais chamou de "ousadia dos facínoras do crime organizado".

Busato lembrou que todos esses escândalos, assim como a onda de violência em São Paulo e diversas partes do país, têm recebido a crítica veemente e a condenação da OAB, como entidade da sociedade civil brasileira. Sustentou que a entidade continuará zelando pela ética- inclusive dos seus pares, quando viram bandidos travestidos de advogados - e cobrando providências das autoridades.

O presidente nacional da OAB lamentou que todos esses escândalos, até o momento, continuem sem uma condenação formal. "Notamos com tristeza que o país pode ficar com a pecha de país d impunidade", afirmou ele, exortando a cidadania brasileira a cobrar maior rigor e punições a esses escândalos.

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