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Perspectivas profissionais dão o tom do último painel da II Conferência da Jovem Advocacia

sexta-feira, 23 de março de 2018 às 19h49

Natal (RN) – O oitavo e último painel da II Conferência Nacional da Jovem Advocacia, apresentado nesta sexta-feira (23), abordou as perspectivas e cenários de mercado que circundam a carreira de advogadas e advogados. 

Quem presidiu a mesa foi o advogado Esdras Dantas, que contou com a relatoria do presidente da Comissão do Jovem Advogado da OAB-DF, Tiago Santana, e com os trabalhos de secretaria de Eliane Dias, presidente da Comissão do Jovem Advogado na OAB-AP. Os palestrantes foram Juliano Costa Couto, presidente da OAB-DF; Pierpaolo Bottini, professor da USP; e Jarbas Antonio de Biagi, presidente do Conselho Deliberativo da OABPrev-SP e do Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev).

O primeiro palestrante foi Juliano Costa Couto. “Em primeiro lugar devemos nos lembrar que o correto seria tratarmos por ‘Sua Excelência’ os clientes, e não os magistrados. O cliente é a razão de ser da advocacia. O que em 1980 compunha uma relação caracterizada por pouca concorrência, hoje é de acirramento, no bom sentido. Hoje é uma relação pautada em resultados, profissionalismo, e não mais pautada na amizade. Significa dizer que a advocacia que há algumas décadas era artesanal hoje é absolutamente dinâmica”, disse.

“Nada pode ser pior para o cliente do que a sensação de que há interesse por parte de seu advogado. A probabilidade é altíssima, nesta situação, de um total perecimento da relação. Seja referência estritamente positiva para seu cliente, seja proativo, seja determinado. O cuidado deve ser sempre grande porque o ciclo operacional de um processo é longo: varia de 4 a 7 anos, em média. Lembre-se que sempre advogamos para pessoas”, completou. 

Em seguida falou Pierpaolo Bottini. “Por mais que parte da sociedade e setores do Ministério Público nos olhem com desconfiança, a advocacia é vocação pura, é profissão de fé. É um sentido e uma marca que carregamos conosco. Normalmente não imaginamos um advogado ou uma advogada fazendo outra coisa da vida”, apontou.

Bottini, no entanto, ressaltou que o dom não é suficiente para marcar a carreira de um profissional diferenciado. “Leitura, conhecimento geral, atualização e principalmente interesse são ingredientes fundamentais. É essencial conversar com o ministro, o colega, o taxista, o vendedor. A cultura vem muito daí. Quem só fala de técnica jurídica acaba se distanciando do povo. A coragem também é elemento de base, a advocacia não admite covardia em nenhuma hipótese”, cravou. 

O terceiro painelista foi Jarbas Antonio de Biagi, que abordou o tema da previdência complementar para os profissionais da advocacia. “É importante constituir reservas notáveis para, no futuro, ter um suporte à previdência social de modelo público ou, ainda, tornar o dinheiro guardado a fonte única de recursos. Com disciplina financeira isso é perfeitamente alcançável”, resumiu.

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