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Artigo: Seremos o que somos?, por Ricardo Breier, presidente da OAB-RS

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017 às 14h06

Porto Alegre - O jornal Zero Hora publicou nesta quinta-feira (28) artigo do presidente da OAB do Rio Grande do Sul, Ricardo Breier. No texto "Seremos o que somos?", o dirigente da Ordem traça cenários para 2018. "O ano de 2018 pode entrar para a história como uma grande virada nos rumos do Brasil. Não somente na economia ou em indicadores sociais. Mas em questões tão subjetivas quanto reais: a moral, a ética e a honra de uma das maiores nações deste planeta estarão em evidência", diz. Leia abaixo o texto completo:

Seremos o que somos?

Por Ricardo Breier, presidente da OAB-RS

O ano de 2018 pode entrar para a história como uma grande virada nos rumos do Brasil. Não somente na economia ou em indicadores sociais. Mas em questões tão subjetivas quanto reais: a moral, a ética e a honra de uma das maiores nações deste planeta estarão em evidência.

As eleições do próximo ano - vamos eleger seis representantes para diferentes cargos! - devem significar uma guinada. Após tudo o que estamos vendo de corrupção, conchavos e uso do dinheiro público para manutenção de esquemas sujos, seremos o que somos? Não seremos diferentes?

O dramaturgo irlandês George Bernard Shaw cravou uma reflexão cirúrgica: "É impossível progredir sem mudança, e aqueles que não mudam suas mentes não podem mudar nada". Como vamos transformar este país se não colocarmos novos representantes nas decisões políticas do Brasil e até do nosso Rio Grande do Sul? Insisto: temos alguns bons nomes na política e em outros setores, mas eles são sufocados por um sistema tomado por corruptos.

É impossível progredir sem mudança... Em 2018, teremos essa possibilidade. Renovar, atualizar, dar oportunidades, colocar nomes que tenham compromisso com as pessoas antes de conchavos pessoais ou joguetes políticos.

O Estado brasileiro não suporta mais ser utilizado como cabide para tantos empregos. São distribuições irresponsáveis de cargos em ministérios, secretarias, agências reguladoras. O custo da incompetência administrativa é igual ou maior que o da corrupção. As moedas de troca entre coligações políticas não podem prevalecer. Ao invés de técnicos capazes de administrar nossos governos, temos filiados políticos sem qualificação liderando posições estratégicas. É uma fórmula que atrasa e sufoca o país.

Agora, é preciso votar com consciência. Pesquise seus candidatos. Verifique a ficha limpa. Converse com amigos. Cada voto é relevante. O esforço é indivi- dual para progressos coletivos.

Vamos ser incansáveis na mobilização da população pelo voto consciente. A mudança é urgente e precisa ser profunda. Não se acomode. Não desista. Temos milhões dispostos a mudar essa realidade nefasta. Um voto pode ser decisivo. Seremos o que somos? Eu acredito que podemos ser melhores. Em 2018, vote com consciência.

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