Advogado de Aracaju leva dois tiros ao sair do escritório; OAB acompanha o caso
Aracaju (SE) – O advogado Antônio Mortari, de Sergipe, sofreu um atentado na noite desta quarta-feira (3), quando saía de seu escritório. Criminosos atiraram contra seu carro cerca de 10 vezes, atingindo o profissional duas vezes no braço. A OAB Nacional e a Seccional sergipana acompanham o caso. A entidade reúne-se na manhã desta quinta com a Secretaria de Segurança Pública.
Segundo informações da imprensa de Aracaju, testemunhas acionaram a polícia, que realizou buscas pela região. Os suspeitos ainda não foram presos. Mesmo ferido, Mortari conseguiu pedir ajuda pelo celular. Ele é ex-conselheiro da OAB-SE e preside o Tribunal de Justiça Desportiva daquele Estado.
Claudio Lamachia, presidente nacional da OAB, se disse consternado com a situação. “O ataque a um colega advogado é um ataque ao Estado Democrático de Direito. A Ordem não aceitará tentativas de calar a profissão. Acompanharemos de perto a investigação deste caso, para garantir que não haja impunidade”, asseverou.
O presidente da Seccional, Henry Clay, esteve com o advogado. "Ele está abalado, mas está bem e muito preocupado com a segurança da família dele. Por causa da agitação, ele precisou ser sedado para fazer os exames. Mortari continua internado e não corre risco de morte. A OAB lamenta o ocorrido nesse novo episódio de violência no Estado que deixa toda a população vulnerável. Nós vamos acompanhar a investigação”, concluiu.
Para o presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas, Jarbas Vasconcelos, o ano de 2016 tem sido marcado por uma retomada nos atentados contra a integridade de advogados, inclusive com diversos assassinatos. “A OAB acompanha todos os casos e reage imediatamente”, diz. O secretário da Comissão, Clodoaldo Andrade Júnior, também de Sergipe, acompanha as investigações.
“Estes atentados são vistos com preocupação pela advocacia, pois são mais uma tentativa de cercear a profissão, além de demonstrar a falência do Estado em garantir a segurança dos cidadãos”, afirma Charles Dias, procurador nacional de defesa das prerrogativas da OAB.
Com informações do G1