Federação de Enfermagem busca apoio da OAB para pleitos da categoria
Brasília - A presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Solange Aparecida Caetano, foi recebida na tarde desta terça-feira (1º) pelo presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia. Ela apresentou demandas da categoria em busca de apoio da OAB no que diz respeito ao número mínimo de profissionais necessários para o atendimento aos pacientes e também sobre a questão da graduação a distância no ensino de enfermagem. Lamachia disse ver com bons olhos as duas questões e prometeu colocar os temas em debate interno na Ordem.
“Quero inserir a OAB neste debate porque acho que ele é importantíssimo para a sociedade. Esse é um tema de interesse da nossa instituição”, afirmou Lamachia. Solange declarou que a ideia é ter a OAB junto com a FNE nesse debate para regulamentar um número mínimo para que cada hospital contrate pensando no bem-estar dos pacientes.
“(Queremos que) a OAB nos ajude no debate sobre a questão do dimensionamento de pessoal de enfermagem nas instituições, principalmente nos hospitais, tanto públicos quanto privados. Porque hoje temos uma resolução do conselho federal que diz quantos profissionais tem de ter por leito e por gravidade do paciente, porém, a resolução não é cumprida”, disse Solange.
“Consequentemente você tem sobrecarga destes profissionais e acaba tendo problemas não só na hora de prestar assistência com qualidade porque estão cansados, como tem também a questão dos erros de enfermagem, que acontecem porque o profissional está sobrecarregado”, declarou a presidente da FNE.
Outra questão que foi alvo da reunião é a que envolve o ensino na modalidade a distância para a graduação em enfermagem. Solange é contrária a esse formato para o ensino dos futuros enfermeiros e argumenta que é inviável ensinar aos estudantes as nuances fundamentais da profissão a distância.
“Desde o ano passado, começou a ser implementada a graduação na modalidade de Ensino a Distância na nossa profissão. Se hoje o presencial já está formando profissionais deficitários e você pensar que enfermagem é contato, é sentir o paciente, examinar e tocar, como você vai fazer isso por ensino a distância?”, questionou ela.