Brasília, 30/05/2005 – Apenas 42,48% dos bacharéis em Direito inscritos no primeiro Exame de Ordem realizado pela Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia em 2005 conseguiram aprovação. Dos 1.125 candidatos, 478 foram aprovados e 604 foram reprovados, com 43 abstenções. Esse índice ainda pode sofrer alteração em decorrência de recursos e está na média dos resultados anteriores, mas é considerado baixo se equiparado ao da maioria dos Estados brasileiros.

A dificuldade dos candidatos acontece principalmente na segunda fase do exame, feita com questões subjetivas, onde prevalece a capacidade do bacharel em articular o conhecimento adquirido no período da faculdade. Na primeira fase (a prova de questões objetivas), 761 bacharéis conseguiram aprovação.

No exame anterior, realizado no segundo semestre de 2004, 49,5% dos 903 inscritos conseguiram aprovação, após a decisão dos recursos. Os números geram preocupação e tendem a piorar, já que nos próximos anos começarão a se formar as primeiras turmas dos cursos de Direito que foram abertos recentemente na Bahia, muitos deles funcionando sem os requisitos necessários para garantir a qualidade do ensino.

Para tentar reverter esse quadro, a Comissão de Ensino Jurídico da OAB-BA iniciou em 2004 um trabalho envolvendo a comunidade acadêmica dos cursos de Direito, para identificar os problemas que comprometem a qualidade do ensino, como, por exemplo, a falta de professores titulados, e buscar soluções nesse âmbito, como o incentivo à pesquisa e a implantação de novos cursos de mestrado.