Brasília, 05/12/2004 - O Projeto Memória, criado este ano pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para homenagear personalidades importantes da história da advocacia, chega a seu quinto homenageado. A cada sessão plenária, a entidade tem prestado uma homenagem a um advogado de cada Estado que tenha contribuído de forma relevante para a história da OAB e para os avanços da advocacia no país.

O projeto teve início em 16 de agosto deste ano, com o advogado cearense Antônio Francisco de Albuquerque, ex-conselheiro federal da OAB e ex-dirigente da Seccional da entidade do Ceará. Com 90 anos de idade e 60 anos de inscrição na OAB, Antonio Francisco Albuquerque foi exaltado na sede da entidade, em Brasília, por sua competência e comportamento ético e moral.

O segundo homenageado, em 16 de setembro último, foi Sebastião Castro, que prestou inúmeros serviços à Seccional da OAB do Distrito Federal e é pai do membro honorário vitalício e ex-presidente do Conselho Federal da OAB, Reginaldo Oscar de Castro.

O terceiro homenageado pelo Projeto, desta vez em 18 de outubro, foi o gaúcho Justino Vasconcelos. Nascido em Boa Vista do Erechim, em 1923, Justino foi presidente do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul e presidiu a Seccional da OAB no Estado de 1973 a 1981. Na ocasião, a homenagem foi feita pelo ministro da Educação, Tarso Genro, também gaúcho, que esteve presente à cerimônia.

O quarto homenageado pela OAB foi o advogado José Annibal de Souza Bouret, civilista que milita em Mato Grosso desde 1960. José Annibal Bouret foi preso político em outubro de 1964, tendo ficado recluso por 50 dias no Quartel do Exército de Cuiabá. Desde então, Bouret vem atuando como advogado e prestou relevantes serviços à cidadania e à entidade máxima dos advogados. Hoje, é conselheiro suplente da bancada do Estado no Conselho Federal da OAB. A cerimônia em sua homenagem foi realizada no dia 8 de novembro.

A idéia de criar o Projeto Memória, de acordo com o presidente nacional da OAB, Roberto Busato, partiu da necessidade de resgatar e documentar o passado da entidade, do qual essas personalidades são parte importante. “A OAB se notabilizou por estar sempre voltada ao seu passado, mas não no sentido de admirar seus próprios feitos, e sim para se mirar na luta daqueles que antecederam os mandatários atuais e projetar o seu futuro”, observou Busato, acrescentando que a tradição de cultuar seu passado e os seus exemplos importantes é um dos grandes segredos da entidade.

A mais nova homenagem do Projeto Memória será feita amanhã (06) ao advogado Celso Augusto Fontenelle. Nascido em 1916 no Rio de Janeiro, o advogado exerceu a Presidência da OAB do Rio de Janeiro de 1995 a janeiro de 2001, e atuou em Comissões importantes desta mesma Seccional. Hoje, ele preside o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) do Conselho Seccional.