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Aristoteles encerra observação em eleições moçambicanas

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004 às 18h18

Maputo (Moçambique), 02/12/2004 - O vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Aristoteles Atheniense, participou hoje (02), como observador, do segundo e último dia das eleições presidenciais e parlamentares de Moçambique. Cerca de 8 milhões de moçambicanos foram às urnas, nesse país de 17 milhões de habitantes e cerca de 80% de analfabetismo. Os dois candidatos à Presidência mais votados, conforme as pesquisas, são Afonso Dhlakama, da Renamo e de oposição, e Armando Guebuza, da Frelimo, partido do atual presidente Joaquim Chissano. A apuração começou às 18h local, ou 14h de Brasília.

O candidato da oposição, Afonso Dhlakama, reclama transparência e pode chegar ao segundo turno, conforme pesquisas de boca de urna. Enquanto isso, Armando Guebuza promete continuar o trabalho de seu antecessor, Joaquim Chissano. Todo eleitor, para votar, teve que molhar o polegar numa tinta indelével de cor vermelha, que substitui a assinatura, e marcar num quadrinho na cédula de votação indicando o partido escolhido.

A expectativa é que a apuração final do resultado do pleito presidencial e dos eleitos para as 250 vagas na Assembléia nacional demore em torno de duas semanas. No sistema eleitoral moçambicano vota-se em partidos e não em candidatos. Segundo Aristoteles Atheniense, que integrou a equipe de observadores de países de língua portuguesa convidado pelo Itamaraty, como representante da OAB, “a eleição transcorreu sem que houvesse incidente”. Ele visitou durante os dois dias das eleições diversos locais de votação, mas não acompanhará a apuração, devendo retornar ao Brasil neste final de semana.

Em Moçambique, um dos países mais pobres do mundo (o sétimo no ranking da pobreza), há hoje vários partidos políticos, oriundos das mais diversas correntes políticas e ideológicas - dos nanicos como o Partido Ecologista (PE) aos mais estabelecidos como a União Democrática - uma coligação que na primeira legislatura conseguiu 9 assentos no Parlamento. Mas a maior disputa política ainda se mantém em torno da Frelimo (Frente para Libertação de Moçambique) e da Renamo União Eleitoral (Resistência Nacional de Moçambique).

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