ABI destaca campanha como meio de aproximar povo e poder
Brasília, 12/11/2004 – O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, destacou hoje (12) a importância da Campanha nacional em Defesa da República e da Democracia, que será lançada às 10h30 da segunda-feira (15) no Rio de Janeiro. A campanha visa aumentar a participação popular nas decisões nacionais, inclusive por meio de plebiscitos e referendos. “É de extrema importância porque sentimos que há uma grande dissonância entre as ações do governo e a vontade popular, manifestada nas urnas”, afirmou Azêdo. “Primeiro os candidatos se apresentam com propostas determinadas, o eleitorado sufraga àquilo que eles acenaram no momento da campanha e, depois, se desligam inteiramente dos compromissos assumidos com os cidadãos que lhes asseguraram acesso ao poder”.
O presidente da ABI confirmou presença no ato de lançamento da campanha, que será realizado na sede da Seccional da OAB do Rio de Janeiro. Ele afirmou que uma campanha com esse intuito, de restabelecer identidade entre aquilo que os candidatos prometem nas campanhas e o que executam quando se apossam dos cargos, é de extrema necessidade e já tarda.
Maurício Azedo afirmou, ainda, que espera que a população acompanhe mais de perto a gestão dos políticos nos quais votaram, mas acredita que, infelizmente, o conjunto da cidadania ainda não tem elementos suficientes para um acompanhamento permanente das ações do governo. “Eu acho que, nesse ponto, a cidadania está desprovida de elementos de análise porque não dispõe de acesso direto ao sistema principal de comunicação do país, que é a televisão”, afirmou ele. “O povo, infelizmente, não tem meios de informação suficiente para garantir a sua mobilização e ação de cobrança junto a seus representantes”.
O coordenador da campanha que será lançada pelo Conselho Federal da OAB é o jurista e professor Fábio Konder Comparato. Além da ABI, o ato de lançamento da campanha nacional contará com a participação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de outras instituições importantes da sociedade civil.