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OAB pede apoio para brasileiros confundidos com terroristas

quarta-feira, 3 de novembro de 2004 às 18h08

Brasília, 03/11/2004 - O presidente da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Edísio Souto, telefonou hoje (03) para o secretário especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e pediu o seu apoio nas negociações para a libertação de dois brasileiros presos em Miami (USA) desde 27 de outubro. Quando deixavam o aeroporto para retornar ao Brasil, o paraibano Misael Mendonça Cabral, de 29 anos, e seu amigo, o carioca Daniel Correia, de 26 anos, foram confundidos com terroristas pelo Serviço de Segurança Norte-americano de Aeroportos. Algemados, os dois foram levados do aeroporto para um presídio em Miami, onde permanecem até hoje.

Misael Cabral é fabricante de pranchas de surfe, morava há dois anos em Miami e estava com passagem marcada para voltar ao Brasil em 27 de outubro. Durante a revista de sua bagagem do aeroporto, quando tentava embarcar com um equipamento próprio para dar acabamento em pranchas - chamado de bomba de sucção ou “vacun pump” -, Misael foi preso juntamente com o amigo por ter mencionado que os fiscais deveriam ter cuidado com a bomba de sucção que transportava. Segundo Ângela de Lourdes Mendonça Cabral e Francisco Cabral Sobrinho, pais de Misael, a máquina que o filho carregava teria sido confundida com um explosivo.

“O ministro Nilmário nos garantiu todo o apoio e afirmou que vai acionar a estrutura da Secretaria para tentar resolver o problema”, afirmou Edísio Souto, que recebeu a denúncia e também tentará resolver o impasse por meio da Comissão de Direitos Humanos da OAB. “Precisamos tomar uma providência rápido, para que as pessoas não pensem que jovens brasileiros estão ameaçados de ir parar em Guantánamo”, afirmou Edísio Souto.

Ângela Cabral afirmou que recebeu um único telefonema de Misael desde o último dia 28 e não sabe em qual presídio de Miami o filho e o colega estão detidos. A família já fez contato com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, mas não obteve retorno. Eles também designaram um advogado nos Estados Unidos para acompanhar o caso, mas o profissional já faltou à primeira audiência.

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