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OAB requer celeridade e rigor na apuração de agressão contra advogada

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016 às 17h40

Palmas (TO) – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, e o presidente da seccional do Tocantins, Walter Ohofugi Junior, estiveram reunidos nesta segunda-feira (29) com o governador daquele Estado, Marcelo Miranda, para requerer celeridade na apuração do caso de agressão sofrida no sábado (27) pela advogada Iara Maria Alencar em uma delegacia.

Na ocasião, Lamachia e Ohofugi entregaram ao governador e ao subsecretário de segurança, Abizair Antônio Paniago, uma representação requerendo apuração célere dos fatos. O documento é também assinado pela Procuradoria de Prerrogativas da OAB-TO e pela Comissão de Proteção e Defesa da Mulher.

Iara foi à delegacia atender um cliente menor de idade detido, mas quando conversava com o jovem foi surpreendida pelo agente, que além de desrespeitá-la como profissional, a xingou com palavras de baixo calão, a empurrou, a arrastou no chão e lhe apontou uma arma ameaçando dispará-la. A advogada ficou com grandes hematomas no braço direito.

Lamachia classificou o episódio como uma covardia, por tratar de maneira violenta uma mulher de 63 anos, além de um flagrante desrespeito às prerrogativas da advocacia e ao Estado Democrático de Direito. “A OAB não permitirá que atos desta natureza fiquem impunes. Estaremos presentes e defenderemos firmemente a classe”, destacou Lamachia.

Para Lamachia, não há nada que Iara possa ter dito ou feito que justifique o que ocorreu no sábado à noite. “Não há nada no mundo que justifique o uso de xingamentos, a violência física ou o revólver apontado para ela. Governador, apure isso através do seu gabinete. A situação ultrapassou todas as fronteiras do trabalho da autoridade policial de forma definitiva. Isso é uma situação lamentável e que precisa de contundente resposta. Episódio isolado como esse pode denegrir um governo que seja sério”, frisou Lamachia, no momento que foi muito aplaudido por todos os advogados presentes.

Ohofugi afirmou “que a seccional seguirá vigilante na apuração do caso e cobrará por punição ao agressor”. "A advogada - foi aviltada na profissão, o que é uma afronta à advocacia. Como disse com propriedade o nosso presidente Lamachia, foi uma agressão a uma mulher, a uma profissional e a uma pessoa idosa. Estamos aqui para trazer a gravidade da questão”, destacou.

Iara acompanhou as visitas e agradeceu o respaldo da OAB Nacional, da OAB-TO. “Tenho 63 anos de idade e 40 anos de profissão. Nunca foi agredida dessa forma exercendo minha profissão. Para mim, esse profissional não está habilitado a trabalhar na Polícia Civil”, frisou.

“Confesso que fiquei perplexo. Com agressões físicas e verbais eu não concordo. Quero que o presidente Claudio Lamachia e o doutor Walter Ohofugi saibam que nós vamos solucionar esse caso. O governo não vai deixar em branco esse episódio”, ressaltou o governador Marcelo Miranda, que determinou que o secretário de segurança tratasse pessoalmente da questão.

O subsecretário da Segurança Pública, Abizair Antônio Paniago, reconheceu que o fato é grave e destacou que a pasta “vai colocar as coisas no seu devido lugar”. “Para nós o que interessa é a apuração. Hoje pela manhã já fiz reunião com o delegado-geral, corregedoria e diretor de Polícia. Determinei a oitiva do agente acusado de agressão e foi instaurado o procedimento administrativo. O que ocorreu não faz parte da nossa postura. Jamais tratei algum advogado mal. Não concordamos, não aceitamos qualquer tipo de ação que viole direito consagrado da sociedade. Todas as providências serão tomadas”, garantiu.

Iara, Lamachia e Ohofugi foram recebidos também pela vice-governadora, Claudia Lelis, que reforçou as críticas ao comportamento do policial e comprometeu-se a acompanhar o caso.

Com informações da OAB-TO

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