Menu Mobile

Conteúdo da página

Comissão da OAB: morte de Apoena deve ser mais investigada

quarta-feira, 13 de outubro de 2004 às 17h41

Brasília, 13/10/2004 - O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Edísio Simões Souto, disse hoje (13) que a Polícia Federal e a Polícia Civil de Rondônia não deveriam, por causa da prisão de um suspeito, encerrar já as investigações sobre a morte do sertanista Apoena Meirelles, assassinado sábado em Porto Velho. “Acho que a PF e a Polícia Civil estadual não devem sair já do caso, devem continuar investigando todas as possibilidades, não descartando a hipótese de crime encomendado”, afirmou ele.

Para Edísio Souto, a notícia da prisão de um menor de classe média, que teria sido o autor dos tiros no sertanista, quando saía de um banco, “foi muito rápida e é preciso apurar melhor a situação”. Ele lembra que Apoena, que estava em Rondônia coordenando os trabalhos de regulamentação de garimpo em terras indígenas, tinha bom trânsito junto aos cintas-largas, que há alguns meses foram apontados como autores de uma chacina contra garimpeiros. “Além disso, a reserva indígena ali é milionária e em torno dela há interesses econômicos poderosos envolvidos”, observou.

“Por isso, acho que as polícias Federal e Civil não deviam se contentar com esse resultado da investigação rapidamente obtido”, acrescentou Souto, referindo-se à prisão do menor de 17 anos, que teria sido autor dos disparos que mataram Apoena Meirelles. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB disse que sua “primeira impressão” foi de que o crime teria sido encomendado. Ele acha que a Polícia só deve se afastar do caso quando vasculhar os interesses que estão em jogo na reserva indígena em Rondônia e cruzá-los com as últimas decisões e contatos de Apoena, considerado um dos sertanistas mais importantes do País e de renome internacional.

Recomendar

Relatar erro

O objetivo desta funcionalidade e de reportar um defeito de funcionamento a equipe técnica de tecnologia da OAB, para tal preencha o formulário abaixo.

Máximo 1000 caracteres