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Conferência de Direito Ambiental discute o desenvolvimento sustentável

sexta-feira, 4 de setembro de 2015 às 17h44

Campo Grande (MS) – O primeiro painel da III Conferência Nacional de Direito Ambiental analisou o nível de efetivação do desenvolvimento sustentável. A atividade aconteceu nesta sexta-feira (4) e foi conduzida pela norte-americana Mercedes Michaela Hunt. Antonio Fernando Pinheiro Pedro, membro da Comissão Nacional de Direito Ambiental, e Silmara Vieira, diretora do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, foram os debatedores.

Mercedes, que é especialista em sustentabilidade em eventos e turismo, comentou os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Precisamos avançar de modo a satisfazer as necessidades da geração atual, obtendo lucro operacionalizado com as pessoas, o planeta e as instituições. Há de se pensar sistemas macros, sem considerar apenas componentes individuais, mas de forma holística”, apontou.

Enquanto especialista em turismo, Mercedes falou sobre alguns impactos negativos do alto número de viajantes no mundo. “Poucos, ao saírem de seu ciclo de convívio, fazem escolhas conscientes que abarcam os componentes social, ambiental, econômico e institucional. Deve haver um aumento da comunicação e mais coesão entre as comunidades, para uma reeducação global. As mudanças são lentas, e as certificações, caras. Mas cada indivíduo tem potencial para mudanças positivas, gerando interconexões fortes”, lamentou.

A segunda palestra do painel foi de Silmara Vieira. “A hora é de amplo diálogo com a sociedade civil, organizações, entidades, para, em seguida, partir rumo à formação de um desejo social comum. Falando enquanto governo, a ideia é capilarizar a agenda verde nos Estados e Municípios. A área urbana corresponde a 0,3% do nosso território, mas abriga 84% da nossa população. Como não pensar nas consequências do consumo voraz dos recursos naturais no Brasil?”, questionou.

Fechando o painel, Antonio Fernando Pinheiro Pedro destacou as mudanças do mundo responsáveis por atingir diretamente o meio ambiente. “O clima vai ficar cada vez pior, por ação direta nossa, que somos os agentes que pioram o clima. O sol despeja, em um dia, 17 mil vezes o volume de energia que a humanidade consegue produzir em um ano. Uma mudança qualquer no ciclo solar, que é o que vem acontecendo, gera efeitos que não há tecnologia capaz de segurar. Muitas grandes prefeituras no Brasil não têm, sequer, um único funcionário dedicado à Defesa Civil, que é o órgão que cuida das causas e consequências climáticas”, criticou.

(DG)

 

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