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Delosmar: “sociedade está fiscalizando as ações dos políticos”

sexta-feira, 1 de outubro de 2004 às 12h07

Brasília, 01/10/2004 - O presidente da Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Delosmar Domingos de Mendonça Júnior, afirmou hoje (1º) que o político acostumado à compra de votos terá maior dificuldade para corromper eleitores nas eleições municipais do próximo domingo (03). “Nós vamos ter, com certeza, uma eleição melhor do que as anteriores porque a sociedade está alerta, recebeu informações das instituições que participaram dessa campanha e está fiscalizando as ações dos políticos”.

Coordenador da campanha anticorrupção eleitoral deflagrada em julho deste ano pela OAB e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Delosmar acredita que as 27 Seccionais, as igrejas e as mais de mil Subseções da OAB fizeram um bom trabalho de conscientização do eleitor, tendo realizado debates entre os candidatos e montado uma boa estrutura para o recebimento de denúncias de corrupção a eleitores.

“É preciso mostrar ao eleitor que ele não deve vender o seu voto, que a cidadania não tem preço. É preciso mostrar que a venda do voto tem a ver com a sua vida, com o próprio sucesso pessoal e de sua família”, explicou Delosmar Domingos. “Temos que mostrar que vender o voto tem um preço alto e uma grande conseqüência”.

Segue a íntegra da entrevista concedida pelo presidente da Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral da OAB, Delosmar Domingos:

P - Nós temos eleição no próximo domingo. Depois da campanha anticorrupção eleitoral deflagrada pela OAB e pela CNBB, o senhor acredita que nós teremos uma eleição mais limpa no próximo final de semana?
R - Nós vamos ter, com certeza, uma eleição melhor do que as anteriores porque a sociedade está alerta, recebeu informações das instituições que participaram dessa campanha e estão fiscalizando os políticos. Não podemos dizer que não vai existir compra de votos, porque isso é um processo e requer vigilância permanente a cada eleição. Mas podemos dizer, com certeza, que o político acostumado à compra de votos nas eleições, terá mais dificuldades do que antes para corromper eleitores nas próximas eleições municipais. Além da ação de fiscalização da Justiça Eleitoral e das instituições públicas, a própria sociedade civil está participando desse movimento em prol da ética e está fiscalizando as ações dos políticos.

P - Que medidas precisam ser tomadas para que na próxima eleição, que será a presidencial, de 2006, se reduza ainda mais o índice de compra de votos e de corrupção no País?
R - É preciso que haja um fortalecimento das duas vertentes da Campanha Nacional Anticorrupção Eleitoral. A primeira é a pedagógica. É preciso mostrar ao eleitor que ele não deve vender o seu voto, que a cidadania não tem preço. É preciso mostrar que a venda do voto tem a ver com a sua vida, com o próprio sucesso pessoal e de sua família. Temos que mostrar que vender o voto tem um preço alto e uma grande conseqüência. A segunda vertente é auxiliar a Justiça Eleitoral na formação das denúncias e no acompanhamento dos julgamentos dessas denúncias porque o grande incentivador da corrupção eleitoral é a impunidade. Então, se o TSE e a Justiça Eleitoral nos Estados continuarem a punir e ampliarem esses casos, para que os corruptos tenham punição exemplar, nós vamos ter uma redução nos índices de corrupção eleitoral.

P - O senhor acha que as Seccionais e Subseções da OAB nos Estados contribuíram bem para a campanha, cumprindo o papel de esclarecer a população quanto à importância do voto consciente?
R - Sim. A Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral teve como base o sistema OAB. Então, as 27 Seccionais e as mais de mil Subseções foram sede de comitês, realizaram debates entre os candidatos, montaram estrutura para o recebimento de denúncias de corrupção ao eleitor, ou seja, abrigaram a sociedade civil. Essa campanha não foi só da OAB. Nós tivemos parceiros em todo o País e esses parceiros foram importantes, mas a participação da OAB é decisiva face à sua grande capilaridade. As várias Subseções abrigaram o movimento e deram ênfase a essa Campanha de Combate à Corrupção Eleitoral.

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