Menu Mobile

Conteúdo da página

Deu na Folha: Anastasia e Mercadante discutem a reforma eleitoral

quarta-feira, 22 de outubro de 2014 às 11h28

Rio de Janeiro (RJ) - Confira reportagem do jornal Folha de São Paulo, sobre o debate entre coordenadores de campanha dos candidatos à presidência da República, promovido pela OAB Nacional, durante a XXII Conferência Nacional dos Advogados.

O financiamento de campanha por empresas privadas motivou a discussão mais acirrada no debate entre Aloizio Mercadante e Antonio Anastasia, que representaram respectivamente as campanhas de Dilma Rousseff e Aécio Neves, nesta terça-feira (21), no Rio de Janeiro.

No auditório central da 22ª Conferência Nacional dos Advogados, no Riocentro (zona oeste da cidade), Mercadante defendeu o fim dos financiamentos privados em campanhas eleitorais.

"Considero esta a mãe de todas as reformas. A prevenção contra a corrupção está na reforma política. Temos de acabar com a contribuição empresarial nas campanhas", disse Mercadante, que citou o financiamento público como a solução para acabar com a influência das empresas nas eleições.

Ao falar sobre o mesmo tema, Anastasia questionou a posição do petista. "É irônico observar que quem defende esse financiamento (público), ao menos publicamente, é quem recebe os maiores financiamentos (privados)", disse o tucano.

Recém-eleito senador pelo PSDB de Minas Gerais, Anastasia não se posicionou de forma categórica sobre os investimentos corporativos em disputas eleitorais."É claro que, no momento que tivermos a reforma política, vamos ver a questão do financiamento", disse Anastasia, que classificou como uma "iniciativa louvável" a ação ajuizada pela OAB contra doações de empresas privadas a partidos políticos e candidatos.

Mercadante criticou a resposta do representante do PSDB. "Sobre financiamento de campanha, você disse, disse, disse e não disse o que deseja. Ou você é contra ou a favor", afirmou o petista, que também elogiou a ação da OAB.

Dos onze ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), seis votaram contra o financiamento privado no processo citado e houve um parecer favorável a participação de empresas.

A votação ainda não foi concluída porque, em abril, o ministro Gilmar Mendes pediu vista da matéria, o que adiou a decisão final para depois das eleições.

Mercadante falou sobre uma possível resistência no Congresso Nacional ao fim dos investimentos privados. "Acho muito difícil haver uma reforma política sem que haja uma participação popular", acrescentou.

Ao comentar a resposta, Anastasia afirmou que a liderança do poder executivo pode ser suficiente para conseguir a aprovação da reforma política. "Dependerá de uma liderança robusta, firme, que vai discutir com os parlamentares e com a sociedade qual é a reforma política mais adequada", disse Anastasia.

Os dois candidatos discutiram ainda sobre corrupção nas instituições públicas e a reforma tributária. Com os aplausos divididos entre Mercadante e Anastasia ao longo do debate, a plateia na Conferência Nacional dos Advogados refletiu o atual empate indicado nas pesquisas eleitorais entre Dilma e Aécio.

Recomendar

Relatar erro

O objetivo desta funcionalidade e de reportar um defeito de funcionamento a equipe técnica de tecnologia da OAB, para tal preencha o formulário abaixo.

Máximo 1000 caracteres