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OAB quer PF em investigação de assassinato de jornalista em Minas

terça-feira, 19 de março de 2013 às 14h53

Ipatinga (MG) – O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado, fez um veemente alerta para as ameaças que ainda pairam contra a liberdade de expressão ao participar, nesta terça-feira (19) em Ipatinga (Minas Gerais), a 217 km de Belo Horizonte, de reunião com uma comissão de representantes de entidades da sociedade civil e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, para cobrar agilidade na apuração do assassinato do jornalista Rodrigo Neto, ocorrido na madrugada do último dia 8.

Marcus Vinicius disse que irá defender, junto ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a presença da Polícia Federal nas investigações. “Trata-se de um crime contra a vida e contra os mais caros valores da democracia, que são a liberdade de expressão e os direitos humanos”, afirmou. “Precisa ser apurado com todo o rigor para que não paire nenhum resquício de impunidade”. A proposta foi bem recebida pela ministra Maria do Rosário, que foi à cidade acompanhada de membros do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH). Ela se comprometeu em encaminhar também o assunto ao governo. “Queremos dar um exemplo ao país, de que crimes desta natureza não podem ficar impunes”, disse a ministra.

O presidente nacional da OAB informou ainda que vai enviar ofício ao governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB) solicitando a rápida conclusão dos processos administrativos abertos para investigar o envolvimento de policiais em grupos de extermínio.

Acompanhado do presidente da OAB-MG, Luís Claudio Chaves, Marcus Vinicius reiterou o compromisso da entidade com a defesa dessa causa ao visitar a futura sede da Subseção da OAB na cidade, presidida por Eduardo Figueiredo. Também estavam presentes a prefeita de Ipatinga, Cecília Ferramenta (PT), e o presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), Antonio Fabricio.

O jornalista Rodrigo Neto de Faria, de 38 anos, era conhecido por denunciar crimes envolvendo policiais, até mesmo com grupo de extermínio, e cobrava, constantemente, a apuração dos casos em que havia suspeita de participação de integrantes das Polícias Civil ou Militar mineiras. Por causa dessa atuação, ele vinha recebendo ameaças de morte, denunciadas ao Ministério Público Estadual, mas que nunca foram investigadas. Ele foi executado com três tiros no dia 8, ao deixar um bar onde estava com amigos. Ao entrar no carro, Rodrigo foi surpreendido por dois homens numa moto, que fugiram sem ser identificados.

A comissão se reuniu com o delegado Emerson Morais, de Belo Horizonte, enviado a Ipatinga com uma equipe de agentes, e com o chefe do Departamento de Polícia Civil de Ipatinga, delegado José Walter Mota. Do encontro, devem participar também representantes do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e do MP estadual.

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