Brasília e Cuiabá – A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Mato Grosso recebeu do secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre Bustamante dos Santos, resposta a seu pedido, feito em fevereiro deste ano, de providências para desvendar o assassinato do advogado Alexandre Marchioro da Silva, ocorrido em setembro de 2008 nas proximidades do município de Vera. (Veja aqui matéria publicada neste site quando da solicitação ao secretário)

Em documento ao presidente da OAB-MT, Maurício Aude, a Secretaria informa que as investigações estão avançadas no que diz respeito à identificação dos executores do crime. Porém, para que possa chegar ao seu final, o delegado de polícia Flávio Henrique Stringueta, entende que falta apurar qual a motivação do crime e se houve mandantes e outros executores.

O delegado relatou que ofertou ao juízo da Comarca de Vera, competente em razão do local do encontro do cadáver, representação para diligência que entende essencial para a continuidade das investigações. Referida representação recebeu parecer favorável do representante do Ministério Público daquela comarca, mas foi indeferida pelo juízo.

Ainda de acordo com Flávio Stringueta, ofertou nova representação com o intuito de convencer o julgador da necessidade investigativa da diligência chegando a informá-lo que, caso esta fosse novamente indeferida, as investigações poderiam ser dada como encerradas. Novamente o Ministério Público foi favorável e, pela segunda vez, a autoridade judiciária foi contrária. Diante desse fato, o representante ministerial apelou da decisão e atualmente os autos estão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso para análise.

Alexandre Marchioro era assessor jurídico da Prefeitura de Nova Ubiratã e seu corpo foi encontrado carbonizado a 15 metros de seu carro, às margens da rodovia de acesso ao município de Vera. À época, um perito informou que havia no local rastros de outro carro, caixa de fósforo e um tambor de plástico queimado.

Maurício Aude encaminhou ofício ao secretário de Estado e Segurança Pública requerendo providências a fim de dar mais celeridade às investigações, uma vez que já se passaram quatro anos do assassinato e o inquérito acerca do caso ainda não foi concluído. (Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB-MT)