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OAB repudia assassinato de jovem confundido com homossexual na Bahia

quinta-feira, 28 de junho de 2012 às 17h56

Brasília – O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, enviou nesta quinta-feira (28) ofícios ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e à ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos a Presidência da República, solicitando a participação do governo federal na apuração do assassinato do jovem José Leonardo da Silva, de 22 anos, após ser confundido como homossexual no interior da Bahia.

O crime ocorreu na madrugada de domingo (24) em Camaçari, quando o jovem caminhava abraçado ao irmão após uma festa promovida pela prefeitura local. Eles foram brutalmente espancados e esfaqueados por um grupo de oito homens.

Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do Conselho Federal da OAB, Jayme Asfora, o caso merece “total repúdio e indignação” da entidade. Ele disse já ter solicitado ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que oficie o governador da Bahia, Jaques Wagner, exigindo providências e a punição dos culpados.  Disse ainda esperar uma atuação eficiente e rápida do Ministério Público e da Polícia baiana na apuração do caso.

“Um crime bárbaro como esse precisa ser rigorosamente punido e não pode entrar para o rol dos casos impunes”, afirmou. Sete dos agressores já foram presos e reconhecidos pelo irmão do jovem morto, José Leandro da Silva, que teve o maxilar quebrado em três lugares e o olho esquerdo perfurado.

“O que aconteceu foi um verdadeiro absurdo, porque, mesmo se os jovens fossem homossexuais, eles não poderiam ser vítimas de nenhuma agressão, nenhuma humilhação, muito menos de um assassinato homofóbico e brutal”, sustentou Jayme Asfora, que é também conselheiro federal da OAB pelo Estado de Pernambuco.

Para ele, “a situação revelada por esse crime é ainda mais grave e nefasta quando ocorre na véspera do Dia Nacional do Orgulho Gay que se comemora hoje, um dia em que as entidades defensoras da causa LGBT,como é o caso da OAB e a sua Comissão Nacional de Direitos Humanos, pensavam celebrar fatos positivos em relação ao avanço dos direitos civis, dos homossexuais e heterossexuais”

A família dos gêmeos vive na cidade de Ibimirim, no sertão de Pernambuco, onde Leonardo foi sepultado na terça-feira. Uma multidão indignada com o crime acompanhou o enterro.

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