Menu Mobile

Conteúdo da página

OAB-RJ: corrupção policial é cancro que torna inútil política de segurança pública

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 às 14h29

Rio de Janeiro, 16/02/2011 - Ao comentar hoje (16) as prisões de policiais do Rio acusados de corrupção e de manter ligação com traficantes de drogas, o presidente da Seccional da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, afirmou que "a corrupção na polícia é um cancro que torna inútil qualquer  política séria e efetiva de segurança pública". Para Wadih, qualquer política de segurança pública, principalmente no Rio, onde a criminalidade urbana existe há décadas, só será eficaz se a corrupção policial for extirpada. 

Na avaliação do presidente da OAB-RJ, a corrupção nas Polícias é um problema antigo no Rio e nunca se percebeu vontade política de combatê-lo. No entanto, a OAB-RJ vê com bons olhos a Operação Guilhotina - deflagrada pela Polícia Federal na última sexta e comandada pela Secretaria de Segurança Pública do Rio -, uma vez que indica existir por parte das autoridades públicas de segurança vontade política para enfrentar esse "cancro" no aparato policial do Estado. "Devemos aplaudi-la, mas, obviamente, não podemos deixar  de ressaltar que a Operação não pode prescindir dos elementos de legalidade e nem deixar de assegurar aos acusados amplo e efetivo direito de defesa". 

Ainda segundo Wadih Damous, a Operação Guilhotina complementa a política de pacificação e uma nova visão que passa a prevalecer na segurança pública do Rio de Janeiro, de combate mais inteligente ao tráfico armado e às milícias. Anteriormente, disse Damous, as ações levavam à morte de muitos inocentes e de policiais. Agora, com as UPPS e os investimentos sociais nas favelas, vê-se uma política inteligente e cidadã de segurança pública. "Esperamos que essa Operação Guilhotina livre a população dos maus policiais e que reduza a corrupção policial a níveis insignificantes. Isso é o que todo cidadão espera", finalizou. 

A Operação Guilhotina prendeu, ao todo, cerca de 600 agentes, entre policiais federais e das forças estaduais. Foram cumpridos 45 mandados de prisão preventiva, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares, além de 48 mandados de busca e apreensão. As investigações partiram do vazamento de dados durante outra operação policial, que teve como objetivo prender traficantes.

Recomendar

Relatar erro

O objetivo desta funcionalidade e de reportar um defeito de funcionamento a equipe técnica de tecnologia da OAB, para tal preencha o formulário abaixo.

Máximo 1000 caracteres