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Estefânia expõe situação de caos que herdou na OAB-DF

sexta-feira, 26 de março de 2004 às 13h46

Curitiba (PR), 26/03/2004 – Expositora do tema “Plano de Gestão” na reunião do Colégio de Presidentes dos Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, a presidente da OAB do Distrito Federal, Estefânia Viveiros, fez hoje (26) um relato que impressionou seus colegas sobre a situação “calamitosa” em que encontrou a entidade que assumiu em janeiro deste ano. Um déficit da ordem de R$ 7 milhões, descrédito total junto ao setor bancário da capital federal, ameaça de corte do plano de saúde de seis mil advogados compõem parte da “herança maldita” descrita por Estefânia, única mulher entre os presidentes de Seccionais da OAB das 27 unidades da Federação.

“Passei os dez primeiros dias de minha gestão só recebendo credores, sem sequer conhecê-los”, relatou a presidente da OAB-DF. Para administrar o rombo de R$ 7 milhões nas finanças, Estefânia Viveiros conta que teve de assumir, entre as medidas adotadas, um “ônus político” que seus antecessores não ousaram enfrentar: aumentou em 30% a anuidade dos advogados inscritos, que estavam congeladas desde 1995; cortou pessoal e reduziu diversas despesas de custeio.

O clima ainda não é para comemoração na OAB-DF, segundo Estefânia, mas sua administração, nos primeiros dois meses, já representou uma economia de R$ 500 mil para a entidade. Essa economia foi obtida, entre outras decisões, com denúncias e revisões de contratos anteriores, como o caso da limpeza, onde conseguiu diminuir em R$ 19,5 mil os gastos mensais. Também os gastos com manutenção de elevadores foram reduzidos e demitidos 20 funcionários.

“Enfrentei e enfrento um custo político muito alto. Lembro que vários advogados recorreram à Justiça contra o aumento de anuidade”, observou Estefânia Viveiros. A despeito da situação que enfrenta, ela afirma que está disposta a continuar saneando a entidade.

“Caso contrário, seria acusada de omissão e não ficaria com a consciência tranqüila de estar cumprindo o meu dever”, afirmou ela, anunciando que continuará trabalhando para alterar o perfil dos gastos OAB-DF (quando Estefânia assumiu, 99% da arrecadação iam para despesas de custeio), destinando parcela maior das recitas para investimentos em prol dos advogados.

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