Boa Vista (RR), 25/04/2009 - Após o fim da greve dos policiais militares e bombeiros, autoridades analisam o desfecho do movimento inédito e a trajetória de negociações que o caso teve. O governo do Estado de Roraima foi duramente criticado por não ter resolvido a situação antes, evitando que a greve se estendesse por 24 dias. Para o presidente da Seccional de Roraima da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RR), Antonio Oneildo Ferreira, quem saiu em desvantagem com a greve foi a população e analisou que o movimento revelou a necessidade de maior controle de comandantes e governistas.

Segundo ele, a palavra greve não deve ser empregada no caso, uma vez que ela não é permitida pelos militares. "Esse fato nos causou preocupação, pois isso pode voltar a acontecer se medidas preventivas não forem tomadas". A falta de um diálogo que resolvesse de imediato a situação foi outro ponto questionado pelo presidente da OAB. Para ele, a promessa, através do Executivo, de melhorias salariais não deve ser feita sem a verdadeira noção de cumprimento. "Isso gera uma expectativa imensa nas pessoas e é um ambiente propício para que aconteçam situações como essa", criticou.