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Tarso: anistia a Jango é ato de justiça tardia, mas absolutamente necessário

sexta-feira, 14 de novembro de 2008 às 17h05

Natal (RN), 14/11/2008 - Um ato de justiça tardia, mas absolutamente necessário. Dessa forma o ministro da Justiça, Tarso Genro, classificou o reconhecimento da anistia política do ex-presidente João Goulart, que deve resultar do julgamento do pedido de anistia requerido pela viúva de Jango e que irá ocorrer amanhã (15), a partir das 9h, durante a XX Conferência Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Esse reconhecimento do Estado é uma espécie de acréscimo no nosso patrimônio democrático, além de fazer uma justiça histórica a uma figura relevante do País", afirmou o ministro no Centro de Convenções de Natal (RN). O julgamento do requerimento da viúva de Jango será julgado pela Comissão da Anistia, em sessão especialmente realizada na Conferência da OAB. Dela participarão, o ministro da Justiça, o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, e o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão.

Questionado sobre a anistia ao ex-presidente, Tarso Genro afirmou que, independentemente do juízo que tivéssemos a respeito das pessoas que defendiam uma posição contrária ao governo de João Goulart, todos sabem que ele foi deposto por um ato de força. "Naquele momento, a Constituição do País foi rasgada e tivemos um atraso extraordinário a partir daquele ato de violência institucional contra um mandato legítimo", explicou.

O ministro ainda lembrou que muitas das reformas que João Goulart propôs naquele momento, o país ainda tem que responder, como, por exemplo, a reforma agrária e a reforma urbana. "As intenções do presidente João Goulart são atuais. João Goulart ainda é um homem atual e esse ato é de reverência e de reconhecimento do Estado brasileiro a respeito de sua contribuição para o País".

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