Artigo: Um momento para pensar
Natal (RN), 14/07/2008 - O artigo "Um momento para pensar" é de autoria do presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Norte, Paulo Eduardo Teixeira:
"Dois temas são freqüentes em nossas discussões: violência e corrupção. Na última semana a imprensa nacional noticiou mais uma estória de violência. A execução de uma criança. No primeiro instante, a suspeita recaiu como de rotina nos bandidos. Mas, para surpresa geral - não sei se esta informação pode ser considerada como uma surpresa -, as suspeitas recaem sobre policiais. Que polícia é essa? Estamos realmente seguros?
Em uma das músicas dos Titãs, não me recordo exatamente o seu texto original, uma mensagem está consignada. Polícia para quê? Polícia para quem precisa... Polícia?
Qual será a polícia que a sociedade precisa? De quem realmente temos medo? Estamos seguros? Espera-se da polícia segurança, eficiência, tranqüilidade... Infelizmente não é exatamente isto que temos, pois somos todos vítimas da insegurança!
Por outro lado, convivemos diariamente com o tema corrupção. Inúmeras são as notícias que nos informam sobre a prática de corrupção. Os jornais noticiam e a sociedade, em um primeiro momento, se mostra indignada, porém passados alguns dias, esquece, e continua aceitando essas pessoas livremente, como se nada houvesse acontecido. O que efetivamente temos realizado para combater a corrupção e punir os corruptos?
Aproximam-se as eleições e as mesmas pessoas se oferecem para representar os interesses do povo e o resultado, na maioria das vezes, favorece aqueles que são useiros na prática da corrupção.
No nosso Estado, existem diversas operações investigativas que objetivam apurar a prática de atos de corrupção. Podemos nomear as mais recentes: Operação Impacto e Operação Higia. O que efetivamente nós queremos para a nossa cidade, nosso Estado e para o Brasil. Que futuro almejamos para nós? Onde efetivamente queremos chegar?
Estes dois temas devem ser freqüentes nos debates e a sociedade necessariamente deverá exigir dos nossos representantes políticas de segurança e combate a corrupção. Portanto, voto não tem preço, tem conseqüências."