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OAB-RJ lembra mortes no Alemão e cobra esclarecimento

sexta-feira, 27 de junho de 2008 às 17h51

Rio de Janeiro, 27/06/2008- O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, Wadih Damous, criticou hoje (27) as autoridades da segurança pública do estado pelo não esclarecimento, um ano depois, das denúncias de execuções durante operação policial no Complexo do Alemão. Segundo Damous,"esperamos, nesse doloroso aniversário, que o senhor secretário venha a público dizer o que de fato aconteceu no Alemão em 27 de junho de 2007, e que providências foram adotadas para apurar as responsabilidades. É uma boa oportunidade, no entanto, para que as autoridades reflitam sobre os pífios resultados dessa política bélica de (in)segurança que insiste em praticar a despeito de tantas outras mortes noticiadas e, em seguida, esquecidas no dia-a-dia da violência das comunidades pobres".

Segue, na íntegra, a nota do presidente da OAB do Rio de Janeiro:

"Há um ano, 19 pessoas foram mortas numa operação policial no Complexo do Alemão. E embora os laudos dos peritos da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República tenham apontado a ocorrência de execuções sumárias durante aquela infeliz operação, não houve, por parte da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, qualquer iniciativa que diga respeito à identificação e punição dos autores. Aliás, sequer se sabe qual a conclusão das autoridades acerca dos verdadeiros atos de extermínio praticados naquela ocasião. Esperamos, nesse doloroso aniversário, que o senhor secretário venha a público dizer o que de fato aconteceu no Alemão em 27 de junho de 2007, e que providências foram adotadas para apurar as responsabilidades. É uma boa oportunidade, no entanto, para que as autoridades reflitam sobre os pífios resultados dessa política bélica de (in)segurança que insiste em praticar a despeito de tantas outras mortes noticiadas e, em seguida, esquecidas no dia-a-dia da violência das comunidades pobres. Muitas dessas mortes, de crianças, velhos e trabalhadores inocentes. Enquanto isso não acontecer, continuaremos a ostentar o triste título de termos a polícia que mais mata e a que mais morre no país".

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