OAB-DF classifica de barbárie assassinato de índia e acompanha caso
Brasília, 27/06/2008 - A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) recebeu com "perplexidade e indignação" a notícia do bárbaro assassinato da índia xavante Jaiya Pewewiio Tfiruipi, segundo afirmou hoje (27) a presidente da entidade, Estefânia Viveiros. Ela determinou à Comissão de Direitos Humanos da entidade que acompanhe de perto as investigações sobre o caso. Estefânia pediu também ao presidente da comissão, Jomar Moreno, que faça uma visita à Casa de Apoio à Saúde Indígena, onde Jaiya, de 16 anos, sofreu as violências sexuais que levaram à sua morte. "O caso deve ser visto como uma barbárie, não possui outra classificação", sustentou a presidente da OAB-DF.
Para Estefânia Viveiros, é gravíssima a constatação de que a jovem morreu sob a tutela do governo federal, na casa mantida pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). "As condições do abrigo denunciadas pela imprensa representam o descaso com as nações indígenas brasileiras", afirmou. Segundo ela, a OAB-DF também se colocará à disposição dos familiares de Jaiya, por meio da CDH, para prestar qualquer tipo de assistência jurídica necessária. "Esperamos uma resposta rápida da Fundação Nacional do Índio (Funai), sob pena de fazer dessa tragédia sinônimo ainda maior da indiferença com o ser humano no Brasil", concluiu Estefânia.