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OAB-RJ defende retirada imediata do Exército dos morros do Rio

terça-feira, 17 de junho de 2008 às 10h35

Brasília, 17/06/2008 - O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, defendeu hoje (17) que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, determine a retirada imediata das tropas do Exército do Morro da Providência e demais morros cariocas. A retirada urgente vem sendo defendida, segundo ele, não só por força do episódio recente que resultou no assassinato de três rapazes, depois de terem sido entregues por militares a uma facção criminosa do Morro da Mineira. "No entanto, esse episódio reforça a tese de que ao Exército não cabe o papel de polícia. Para exercer este papel existe uma corporação, que são as Polícias Civil, Militar e a Federal. A essas comete o exercício de repressão ao crime, de prender e de investigar".

Ainda na avaliação de Damous, o Exército deve deixar imediatamente as ruas do Rio porque foi concebido para fazer guerra. "Seus homens são treinados para matar o inimigo e não para exercer papel de polícia nas cidades e morros cariocas", afirmou o dirigente da OAB fluminense.

Sete soldados, três sargentos e um oficial do Exército são acusados de terem "vendido" a traficantes do Morro da Mineira três jovens que haviam sido detidos no Morro da Providência - local que possui facções criminosas rivais ao primeiro. Os corpos dos três jovens foram encontrados no Aterro Sanitário de Gramacho, em Caxias, na tarde do domingo, enlameados e com marcas de tiros. O Comando Militar Leste do Exército, que ontem à noite foi alvo de protestos por parte das famílias dos rapazes mortos, determinou a instauração de inquérito policial militar (IPM) para apurar o ocorrido.

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