OAB: fomento à pesquisa pode livrar Amazônia da cobiça estrangeira
Brasília, 11/06/2008 - O fomento às atividades científicas e o apoio às instituições brasileirasque desenvolvem pesquisa na região amazônica devem nortear as políticas governamentais para que essa região se desenvolva de forma soberana e sem interferências alienígenas. A opinião foi manifestada hoje (11) pelo presidente da Comissão Especial de Direito Nacional do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Oldeney Valente, após avaliar com o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, os resultados do debate promovido pela entidade nesta terça-feira sobre soberania versus internacionalização da Amazônia.
"O conhecimento científico da Amazônia pelos brasileiros é a barreira que podemos antepor aos intentos alienígenas; e esse conhecimento precisa ser gerado e aplicado por nós mesmos", afirmou Valente, que é conselheiro federal da OAB pelo Estado do Amazonas. "A floresta amazônica tem a maior e mais rica biodiversidade, abrigando a maior parte das espécies do planeta; temos a maior bacia fluvial e as maiores reservas de água potável do mundo, além de grandes jazidasde recursos minerais, inclusive de minérios estratégicos".
Em razão dessa grande riqueza - avaliou o presidente da Comissão Nacional de Direito Ambiental - é que proliferam os interesses estrangeiros em relação à Amazônia, notadamente por parte de madeireiras, mineradoras e da indústria farmacêutica. Em seu balanço sobre o debate promovido pela OAB com apoio da Comissão, Oldeney Valente ainda observou: "É essa inigualável riqueza que nos torna alvo da cobiça internacional; por isso, precisamos, nós brasileiros, cobiçar a Amazônia, pelo estudo e pela pesquisa, para desenvolvê-la de modo sustentável, evitando que outros queiram fazê-lo, ao argumento de que não sabemos cuidar desse patrimônio, que, pela sua vital importância, interessa a toda a humanidade".