OAB lamenta má vontade da União na greve da advocacia pública
Brasília, 08/04/2008 – “Uma vez mais pude constatar que o governo federal não tem a mínima vontade de resolver esse grave problema, que não afeta somente a advocacia pública federal, mas a todo o país”. O relato foi feito hoje (08), durante sessão plenária, pelo presidente da Comissão Nacional de Advocacia Pública e conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pelo Piauí, Willian Guimarães Santos de Carvalho, sobre os termos de reunião da qual participou, em nome da OAB, entre o Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal e o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira. O relato foi feito durante a sessão ao vice-presidente nacional da OAB, Vladimir Rossi Lourenço, e aos 81 conselheiros federais da entidade.
Willian de Carvalho, que participou da reunião no Ministério do Planejamento por designação do presidente da OAB, Cezar Britto, registrou o pouco interesse do governo federal em relação ao movimento da categoria, destacando que, até o momento, não foi apresentada qualquer proposta de negociação mesmo após o Fórum tendo acenado com a possibilidade de suspensão do movimento – deflagrado em 17 de janeiro. Para Carvalho, o impasse torna-se ainda mais grave diante da constatação de que milhares de processos estão parados, “retardando ainda mais a prestação jurisdicional à sociedade”.
Após ouvir o relato, o vice-presidente da OAB lamentou o fato de as negociações não terem avançado desde à última reunião entre o Fórum e o Ministério – realizada em 14 de março e da qual ele participou. “Ao contrário, parece que as negociações até regrediram por parte do governo federal. A diretoria do Conselho Federal está disposta a tomar as medidas cabíveis conforme a precisa indicação do Fórum da Advocacia Pública”, afirmou Vladimir Rossi Lourenço.