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OAB: simulação de tribunais é indicativo da ausência do Estado

terça-feira, 1 de abril de 2008 às 15h17

Brasília, 01/04/2008 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse que é inaceitável que traficantes chamem para si a responsabilidade de julgar. Ele criticou a simulação de tribunais do júri pelo narcotráfico em morros do Rio de Janeiro. Reportagem publicada pelo Globo no domingo descreve o julgamento de B., um ladrão condenado ao exílio depois de longas sessões de tortura. Para Britto, a simulação é um dos indicativos mais fortes da vitória do crime sobre o Estado.

- Não há gravidade maior da ausência do Estado no que se refere à aplicação da Justiça. Entregar o poder Judiciário ao próprio criminoso é dizer claramente que o crime venceu, pois está se auto julgando - afirma.

Segundo ele, até mesmo a polícia só aparece no morro em situações excepcionais. Para Britto, excrescências como os tribunais do tráfico só deixarão de existir quando os morros receberem escolas, postos de saúde e policiamento ostensivo, entre outros serviços públicos, como acontece em bairros de classe média. Sem a presença do Estado, os traficantes continuarão fazendo papel de juízes com direito sobre a vida e a morte de seus desafetos. (O Globo)

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