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OAB-PB propõe força-tarefa contra a violência em João Pessoa

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008 às 09h45

João Pessoa (PB), 28/02/2008 – O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Paraíba, José Mário Porto, decidiu propor a criação de uma força-tarefa no Estado com o intuito de combater os crescentes índices de violência na capital paraibana. A força-tarefa foi proposta após a divulgação da informação de que três seqüestros relâmpagos foram registrados em João Pessoa entre às 14h da última terça-feira e às 11h de ontem. No total, uma criança de oito anos e três mulheres, sendo duas advogadas e uma dona-de-casa, foram rendidas e levadas por seqüestradores em menos de 24 horas.

De acordo com José Mário Porto, a Polícia Militar tem dificuldade em cumprir o papel de manter a segurança do Estado, pois faltam recursos para que os policiais executem suas funções de forma satisfatória. No entanto, ele afirmou que não adianta mais apontar somente os culpados, é preciso sair em busca de soluções. A força-tarefa proposta pela OAB-PB deve ser composta, segundo Porto , pela Secretaria de Segurança, Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, além da Guarda Municipal e da iniciativa privada.

O primeiro seqüestro-relâmpago aconteceu com a advogada Andréa Amaral. Ela se dirigia ao Tribunal Regional do Trabalho quando foi surpreendida por um homem entre 40 e 50 anos, que anunciou o assalto seguido de seqüestro. O homem empurrou a mulher para dentro do veículo e assumiu a direção do carro. Segundo relato da vítima, o homem aparentava ter uma arma escondida no lado esquerdo do corpo. A advogada tentou fugir, mas o homem a teria pego pelo pescoço e a forçado a ficar dentro do carro. Após rodar pela cidade, Andréa Amaral foi deixada em uma rua. O bandido fugiu levando o carro e os pertences da vítima.

Na última terça-feira, a advogada Ana Cláudia Nóbrega Viana, de 32 anos, foi vítima de seqüestro relâmpago em Tambauzinho. Dois homens armados renderam a vítima, entraram em seu veículo e forçaram a mulher a se dirigir até um caixa eletrônico, onde sacaram R$ 1 mil. Em seguida, a dupla mandou a advogada descer do carro e correr. Quando saía, a vítima foi baleada na região torácica. A advogada conseguiu chegar a um condomínio residencial, onde pediu socorro. Ana Cláudia passou por cirurgia e ficou internada na UTI. Segundo informações não oficiais, antes de ser libertada a vítima teria sido encharcada com gasolina e os criminosos só não teriam ateado fogo devido à ausência de fósforo.

Sobre a possibilidade de inclusão da iniciativa privada no combate à violência, o presidente da OAB paraibana afirmou que é preciso que a sociedade se envolva com o problema. Os grandes estabelecimentos, a exemplo dos shopping centers, por exemplo, poderiam contribuir com a contratação de mais seguranças particulares e equipamentos de vigilância em suas proximidades. “Muito tem sido feito, mas esse muito ainda é pouco para conter a onda de violência que assola nossa cidade”, afirmou José Mário Porto.

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