Teresina (PI), 13/02/2008 – O reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Luís dos Santos Júnior, ofereceu esclarecimentos sobre o uso do cartão corporativo à Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Estado. Depois que o reitor fez um balanço do caso, a entidade da advocacia anunciou que, em termos percentuais, o gasto da instituição de ensino com o cartão corporativo no ano de em 2007 não teve nenhum acréscimo em relação ao orçamento da Universidade, ficando em 0,18% em relação ao orçamento para despesas – de R$ 227.617.497,00. Os gastos com o cartão corporativo foram de R$ 405.875,00.

O presidente da OAB-PI, Norberto Campelo, explicou que ainda é preciso verificar o controle e a natureza das despesas. No entanto, enalteceu a posição da reitoria da UFPI, de convidar a OAB para, numa atitude de transparência, disponibilizar todas as prestações de contas do cartão corporativo. “O que precisamos, agora, é verificar é o controle e a natureza dessas despesas, se elas se enquadram nos interesses da administração. O que nós vimos na universidade, hoje, é que os processos são muito bem formados, com um rigor grande e cumprem todas as etapas e exigências que lhe são pertinentes”, destacou Norberto Campelo.

O reitor explicou ainda à OAB que a UFPI está pronta para mostrar os processos de todas as contas feitas com o cartão. “Se uma nota não passar pela auditoria, o usuário do cartão reembolsa. O cartão é exclusivamente para suprimento de consumo. Todos os nossos projetos foram aprovados e estamos esperando agora o parecer da Controladoria Geral da União (CGU)”. Para Norberto Campelo, cabe à CGU e não a OAB a verificação das despesas com o cartão. Numa avaliação preliminar, o valor de R$ 405 mil gastos no exercício de 2007 pela UFPI com o cartão corporativo não determina abuso de dinheiro público, uma vez que o próprio orçamento da instituição foi praticamente dobrado nos últimos cinco anos.