OAB-GO preocupada com índice de violência no estado
Goiânia, 31/01/2008 - Alarmada com a divulgação pela imprensa local de lamentáveis estatísticas da criminalidade em todo o Estado, a OAB de Goiás alertou o governo e sociedade para a necessidade urgente de uma força tarefa permanente para o efetivo combate à violência em Goiás. Pesquisa divulgada pelo ministério da Justiça, que traçou um Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008, com dados de 2002 a 2006, revela que Goiás possui 28 cidades entre as 556 listadas. Para o presidente da OAB-GO, Miguel Cançado, é dever do Estado proteger a sociedade e garantir a segurança dos cidadãos. “Os criminosos não podem inverter essa ordem, disseminando a insegurança e o medo entre as pessoas de bem”, conclui.
Miguel Ângelo Cançado afirmou,ainda, que é extremamente preocupante o fato de Goiânia aparecer na 17º posição de estudo com o maior número absoluto de homícidios. “O resultado é lamentável e comprova o que temos acompanhado pela mídia nos últimos anos, ou seja, o crescimento rápido da criminalidade na capital”. Estão na lista dos 200 municípios mais violentos, Aparecida de Goiânia, Luziânia, Anápolis, Águas Lindas, Valparaíso e Rio Verde. “O cidadão precisa de uma resposta rápida das autoridades, que precisam buscar soluções eficazes para garantir a segurança pública”, disse o presidente da Seccional.
Miguel Cançado comenta outra estatística divulgada hoje pelo jornal O Popular. No penúltimo dia do primeiro mês deste ano, Goiânia registrou o maior número de homícidios desde 2000. Foram assassinadas 52 pessoas em janeiro de 2007. “É inadmissível continuar tratando esses números como meros índices. Trata-se de muitas vidas perdidas e a sensação é de insegurança. A Ordem, há tempos, vem chamando a atenção das autoridades para os riscos de se protelar ainda mais uma reação enérgica do Estado”, afirma.
Segundo o presidente, é preciso pensar num conjunto de ações com vistas, ao mesmo tempo, a aumentar o efetivo policial nas ruas e os recursos para investimentos nas áreas social, de saúde e educação. “É preciso um planejamento estratégico e um projeto de política social amplo, voltados para o cidadão”.