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OAB-AL apura denúncia de que preso era acorrentado a corrimão

sábado, 29 de dezembro de 2007 às 08h31

Maceió, 29/12/2007 - Um detento de 19 anos suspeito de furtar uma lixadeira e que, segundo a polícia, é deficiente mental, passou cerca de 15 dias fora da cela, acorrentado ao corrimão de uma delegacia em Maceió (AL). A delegada do 3º Distrito Policial de Maceió, Maria Aparecida Araújo, disse que, se não acorrentasse fora da cela Edvaldo Ferreira, apelidado de Zoado, ele seria linchado. O presidente da secional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Estado, Omar Coêlho de Mello, diz que pediu à comissão de Direitos Humanos da entidade para apurar o caso.

Ferreira foi transferido para outra delegacia na quarta-feira à noite. Segundo a delegada Maria Aparecida, a demora ocorreu porque foi difícil encontrar distrito policial onde houvesse uma cela só para ele. “O menino não era bom da cabeça e não gostava de tomar banho. Os outros provocavam. Aí ele começava a gritar”, afirmou a delegada. No 3º DP, onde estava Ferreira, 15 dividem uma cela. Na falta de espaço, um dos banheiros abriga ao menos quatro à noite.

Segundo a polícia, o rapaz colecionava brigas com os 15 companheiros de cela porque, para os presos, ele era delator dos companheiros de prisão e não tomava banho. Dessa forma, quando havia briga, era retirado da cela e acorrentado no corrimão em frente à sala da delegada.

Desde agosto, os policiais civis do Estado estão em greve. A crise se agrava com superlotações e constantes rebeliões, o que levou a Justiça a proibir a transferência de presos.

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