Brasília, 19/12/2007 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, recebeu hoje (19) ofício do presidente da Subseção da OAB de Uberaba (MG), Eduardo de Carvalho Azank Abdu, denunciando excessos contra o profissional da advocacia cometidos pela Polícia Federal na recente operação Muro de Fogo, realizada no município. Na operação foram detidos mais de 40 suspeitos de envolvimento na prática de crimes virtuais. Segundo a OAB de Uberaba, os agentes federais perguntavam aos acusados se houve orientação de advogados para efetuar as transações criminosas, incluindo saques e pagamentos de boletos com dinheiro desviado de contas bancárias.

De acordo com relato do presidente da Subseção, os agentes chegaram com disquetes contendo perguntas previamente formuladas aos suspeitos. Dentre elas constava o seguinte questionamento: “Você foi instruído por algum advogado para a prática criminosa?”. Para Azank Abdu, “a classe dos advogados foi desprestigiada e discriminada de uma forma geral no episódio”. Ele solicita ao Conselho Federal da entidade providências contra os excessos da PF na operação, “para que o respeito e consideração entre as entidades sejam mantidos”.