Menu Mobile

Conteúdo da página

OAB Nacional é contra transposição do rio São Francisco

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007 às 08h38

Brasília, 19/12/2007 - Ao ser indagado hoje (19), durante entrevista, sobre a defesa intransigente do governo federal em realizar a transposição do rio São Francisco o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou que a entidade que congrega mais de 600 mil advogados em todo o país tem posição contrária à execução da obra desde fevereiro de 2006, em decisão tomada pela maioria dos seus conselheiros federais. Segundo Britto, a OAB Nacional entende que os canais de transposição atravessam terras indígenas, o que demanda aprovação prévia para início das obras pelo Congresso Nacional.

Britto aproveitou para fazer um apelo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que julgue o mais rápido possível a Ação Civil Pública (ACO) 1003, impetrada pela OAB de Sergipe, na qual o argumento central é a preservação do patrimônio público e do erário, levando em conta que o projeto representa riscos de danos irreparáveis ao meio ambiente, além de prever investimentos de R$ 6 bilhões na execução da obra, que tem custo anual de manutenção estimado em R$ 100 milhões. O relator é o ministro Carlos Alberto Direito.

O projeto – disse Cezar Britto - fere os termos do artigo 49, inciso XVI, da Constituição Federal. O dispositivo estabelece que cabe ao Congresso Nacional autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais. Para chegar à decisão, a OAB realizou audiência pública em maio de 2005 com a participação do então ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (defensor do projeto), e do então governador de Sergipe, João Alves (contrário à proposta), além de conselheiros federais, presidentes de Seccionais da OAB, diversos parlamentares e especialistas em projetos de irrigação.

Recomendar

Relatar erro

O objetivo desta funcionalidade e de reportar um defeito de funcionamento a equipe técnica de tecnologia da OAB, para tal preencha o formulário abaixo.

Máximo 1000 caracteres