Curitiba (PR), 25/10/2007 – O governador do Paraná, Roberto Requião, anunciou medidas para reduzir a superlotação de presos na Cadeia Pública de Paranaguá, tais como a transferência provisória das atividades administrativas da delegacia para um imóvel alugado e o aumento da área para carceragem. As medidas foram anunciadas após a visita ao local feita pela Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná, que constatou a ocorrência de condições desumanas de vida dos presos e problemas como insalubridade, falta de ventilação, disseminação de doenças e superlotação das celas.

A Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR foi a Paranaguá depois que dois motins ocorreram só este mês. A cadeia chegou a ter 206 presos quando a sua capacidade máxima é para apenas 27 detentos. A Secretaria de Segurança Pública chegou a remover alguns presos para Curitiba e o complexo de Piraquara, mas cerca de 150 ainda permanecem no local. O governo também decidiu não colocar mais presos em cadeia pública ou distritos policiais.

“A situação é realmente degradante e desumana. Os presos estão amontoados em cubículos, que, com o calor, se transformam em verdadeiros fornos”, relata a secretária da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR, Isabel Kugler Mendes. De acordo com a advogada, a situação também expõe a perigo os próprios funcionários da cadeia e a comunidade que vive no entorno da prisão.