Salvador (BA), 24/10/2007 - A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia está exigindo das autoridades policiais e judiciárias do Estado ações afirmativas para conter a onda de violência que assola a população baiana. Os recentes acontecimentos envolvendo a tomada da cidade de Laje (BA) por um bando de assaltantes, chacinas, ações de enfrentamento entre policiais e bandidos nas ruas de Salvador e a operação de resgate de presos na Colônia Penal Lafayette Coutinho são sintomas de um mal que assola a Bahia.

“Se não forem tomadas medidas enérgicas neste momento, as autoridades policiais perderão a capacidade de conter a violência. Sabemos das dificuldades e estamos à disposição para colaborar com o governo no que for necessário, através de idéias e do nosso apoio institucional, mas não podemos nos calar diante de uma crise na segurança pública nessas proporções”, avaliou o presidente da OAB-BA, Saul Quadros.

A OAB tem se empenhado em dar ao Estado todo o apoio no que se refere ao combate à criminalidade. Em setembro último, o presidente em exercício da OAB-BA, Vitalmiro Cunha, participou de reunião na Governadoria envolvendo autoridades policiais, judiciárias e representantes do governo estadual para discutir a questão. A idéia lançada pela Ordem foi a de que se deve dar maior força às áreas de inteligência, de polícia científica e de infiltração nas polícias Civil e Militar.

“Acreditamos que criminalidade se combate com investigação. É através dos serviços de inteligência que podemos dar uma resposta à crescente violência no estado. Não que o policiamento ostensivo ou ações de combate efetivo da criminalidade sejam inválidas, mas é preciso combater o crime dentro da legalidade e tendo a prevenção como meta”, analisou Saul Quadros.