Porto Velho (RO), 04/10/2007 - Representantes da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rondônia participaram, na cidade rondoniense de Jaru, de canoagem simbólica promovida por várias entidades não governamentais e governamentais em prol da revitalização do rio Jaru. As águas do rio Jaru estão perecendo aos poucos devido ao assoreamento, derrubada das matas ciliares e o acúmulo de lixo em suas águas.

A convite da OAB e da Ong EPA, quase cem pessoas participaram da canoagem que percorreu o rio recolhendo parte do lixo que polui as águas. O presidente da Subseção da OAB em Jaru, Mário Roberto Pereira de Souza, disse que, ao longo de apenas três meses de massificação do projeto, a comunidade já se integrou e tem defendido com afinco o propósito levantado inicialmente por ONGs. “O povo se conscientizou de que o rio Jaru é a fonte da vida do município e que, por esse motivo, não pode morrer”, destacou o advogado.

O próximo passo do projeto, segundo Mário Roberto, será a realização de palestras em escolas e associações de bairros. “Há inclusive um projeto que foi encaminhado a Brasília por um engenheiro agrônomo local que visa a construção de viveiros, cujas mudas deverão ser distribuídos entre Jaru, Tarilândia e Santa Cruz da Serra”. O governo doou várias mudas de árvores para o replantio das matas ciliares.

Com o desmatamento das matas ciliares para a plantação de pastos, a erosão tem feito com que o rio Jaru fique cada vez mais largo e raso. Procurada pela comunidade para encabeçar o movimento pró-rio Jaru, a OAB-RO tomou a iniciativa e, no início de setembro, promoveu reunião com várias lideranças da sociedade, da ONG Epa e da Cooperativa dos Produtores Agropecuários de Jaru (Coopaja). Mário Roberto Pereira explica que o primeiro passo é conscientizar agricultores e criadores de gado para que as matas ciliares sejam poupadas.