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OAB está preocupada com 'ação pacificadora' no Alemão

terça-feira, 25 de setembro de 2007 às 16h55

Rio de Janeiro, 29/09/2007 - O presidente da Seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Wadih Damous, afirmou hoje (25) ter ficado preocupado com a declaração do secretário nacional de Segurança Pública, Antônio Carlos Biscaia, ao anunciar uma "ação pacificadora" da polícia para "erradicar a força armada no Morro do Alemão" antes do início das obras previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Damous disse temer o que isso possa significar em termos de atentados aos direitos e à integridade física dos moradores pobres daquela comunidade.

- Inclusive o termo utilizado - "pacificação do Complexo do Alemão" - lembra muito a época da invasão da Bósnia. Os Estados Unidos usavam também o termo pacificar e o que se viu na Bósnia nós não queremos ver aqui no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro - afirmou Damous.

Para o presidente da OAB-RJ, é preciso fazer o combate ao crime, mas é preciso assegurar também que a comunidade do Alemão possa receber investimentos sociais também. Damous observou que "preocupa muito essa equação da nova ocupação policial no Complexo do Alemão e o que isso possa representar de atentados a direitos individuais, a direitos humanos, à integridade física daqueles moradores."

- Espero que o governo federal e o governo do estado do Rio de Janeiro tenham a sensibilidade de entender de que não estamos em guerra, de entender que aquela população não habita um território inimigo, aquela população precisa de proteção e não mais de um algoz, como é costume a polícia se comportar nesses casos - disse.

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