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Indícios de trote criminoso levam OAB-MS a sugerir sindicância

terça-feira, 25 de setembro de 2007 às 11h49

Campo Grande (MS), 25/09/2007 – A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Mato Grosso do Sul irá sugerir à Universidade Federal do Estado que abra um inquérito administrativo para apontar culpados pelo trote violento aplicado por alunos de Medicina Veterinária contra calouros do curso. As imagens de vídeo e fotografias cedidas pela Universidade foram estudadas por uma comissão designada pelo presidente da OAB-MS, Fábio Trad, e concluiu que existem fortes indícios de crime.

O caso veio a público depois que um vídeo com imagens do trote foi postado no site Youtube. As fotos e vídeo foram entregues pela UFMS para análise da OAB-MS há cerca de 20 dias. A Ordem ainda tem 40 dias de prazo para dar seu parecer. Porém, diante das evidências de crime, o advogado Leandro de Moura, relator da comissão, acredita que já há necessidade de se tomar providências legais para dar celeridade ao processo. Neste sentido, a comissão da OAB-MS pretende se reunir ainda nesta semana com a pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, Rosa Maria Fernandes de Barros, encarregada do caso na UFMS.

“Vamos conversar com a pró-reitora e sugerir que a universidade federal abra uma sindicância interna para indicar culpados. Como o prazo legal dessa sindicância é de 30 dias, prorrogável por mais dez, a medida visa dar celeridade ao processo”, esclarece o advogado. “Como há indícios de crime, se o delito for confirmado, além da punição na esfera administrativa, a comissão da OAB vai sugerir à UFMS o encaminhamento do material à autoridade policial competente e ao Ministério Público”.

O vídeo e fotografias recebidos pela OAB-MS exibem calouros sendo obrigados por veteranos a práticas humilhantes, tais como rolar na lama uns sobre os outros e ingerir bebidas alcoólicas. Feitas pelos próprios acadêmicos, as imagens indicam que o trote foi aplicado em uma chácara ou fazenda de Campo Grande. Toda a ação foi ordenada pelos veteranos, que chegaram a dar golpes nas costas dos calouros com pedaços de galhos de árvores para que rolassem rápido na lama e ingerissem bebidas. Os calouros ainda foram obrigados a empurrar um carro pelas ruas da cidade.

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