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OAB-RO: Absolvição de Renan desmoraliza democracia

quinta-feira, 13 de setembro de 2007 às 17h28

Porto Velho (RO), 13/09/2007 - O resultado da votação no Senado Federal absolvendo o seu presidente, senador Ranan Calheiros, é uma excelente contribuição aos que interessam ver desmoralizadas as instituições da República. A opinião é do presidente da Seccional de Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RO), Hélio Vieira, ao se manifestar logo após o final da sessão. “A absolvição do presidente do Senado, Renan Calheiros, nesse processo é um desserviço à democracia e uma falta de respeito aos 180 anos do Senado, que continua vivendo em crise enquanto continuar sob essa mesma presidência”, avalia o representante da advocacia rondoniense.

Para Hélio Vieira, é por causa de comportamento como esse da classe política que o Brasil está flertando perigosamente com o estado de polícia, onde todos são culpados até provar em contrário - numa leitura vesga do princípio constitucional da presunção de inocência. “O jogo de dissimulação é tão grande que a sociedade às vezes fica meio perdida, sem saber que direção tomar na hora de escolher seus representantes. O próprio Palácio do Planalto não deixa clara sua posição sobre episódios como esse do Renan Calheiros, às vezes dando a entender que deseja a cassação, às vezes arregimentando sua base parlamentar para evitar a limpeza ética que deve ser feita nas instituições”, afirma o presidente da OAB Rondônia.

Preocupado com a fragilização de uma das instituições mais representativas da sociedade - o Parlamento Brasileiro - por conta de episódios como mensalão, sangue-suga e essas denúncias contra o presidente do Senado, Hélio Vieira conclui que as conseqüências decorrentes desse processo são muito ruins para a democracia. “Volto a lembrar que somente a partir de uma verdadeira reforma política que leve em conta o interesse da sociedade e acabe com a representação remunerada vamos conseguir mudanças substanciais no comportamento da classe política. Isso é urgente e o Brasil não pode esperar mais”, sustenta o presidente da OAB.

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