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OAB-SE: corrupção é genocídio, mata pessoas e sonhos

quarta-feira, 12 de setembro de 2007 às 09h20

Aracaju, 12/09/2007 – "A corrupção é um crime hediondo, deveria haver uma vara especializada para estas demandas. É um genocídio que além de matar milhares de pessoas, mata milhares de sonhos". A afirmação é do presidente da Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SE), Henri Clay Andrade, ao falar no plenário da Câmara de Vereadores de São Cristóvão sobre a estrutura política brasileira. Para Henri Clay, a corrupção é uma modalidade criminosa que sempre existiu no país e que, neste momento, a população está tendo acesso às informações devido à independência das instituições envolvidas na apuração desta prática. "O que mudou é que hoje tem revelação, mas a corrupção sempre ocorreu no Brasil e hoje está se revelando mais porque as instituições democráticas estão ficando mais fortes e tendo independência para apurar".

O presidente da OAB de Sergipe afirmou durante a sua palestra que a Constituição Federal é uma das mais avançadas do mundo por contemplar direitos conquistados historicamente pela pressão social. Ele aproveitou para defender a necessidade urgente da modernização do Poder Judiciário de forma a torná-lo mais célere. Após o pronunciamento de Henri Clay, vereadores e cidadãos presentes ao evento demonstraram satisfação com as posições assumidas pelo presidente da Seccional. "As coisas no Brasil são cíclicas, em nada mudam. Não há direita nem esquerda. Há aqueles que estão no poder e aqueles que querem chegar ao poder", considerou o presidente da Câmara, vereador Carlos Rosa, após o pronunciamento do presidente da OAB-SE.

Henri Clay Andrade fez uma contundente explanação, enfocando a estrutura política do Brasil Império, observando que, naquele momento, a hierarquia sempre foi mantida com a submissão da classe trabalhadora e monopólio da propriedade latifundiária. "Criou-se o teatro das eleições no qual os candidatos aliciavam eleitores e os mantinham sob seu controle com ações extra-legais ou através de fraude", considerou Henri Clay. "Surgindo, então, a nítida diferença de duas classes: clientes, que pediam favores, e patrões, que pediam votos", complementou Henri Clay, referindo-se à ascensão da política clientelista no país.

Ao final dos debates, o vereador Israel Vieira Sarmento, autor do requerimento que convidou Henri Clay a ministrar palestra na Câmara de Vereadores de São Cristóvão, anunciou que encaminhará, para apreciação do plenário daquele Poder, propositura concedendo título de cidadania sancristovense a Henri Clay Andrade.

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