OAB-MT ataca “estelionato educacional” cometido por faculdades
Cuiabá (MT), 23/04/2007 – O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso, Francisco Faiad, afirmou hoje (23) que a entidade continuará combatendo ferozmente a baixa qualidade do ensino jurídico ofertada por muitas universidades no Estado, ao que ele chamou de “estelionato educacional”. Faiad garantiu, ainda, que a OAB não pretende se curvar às críticas ao Exame de Ordem. “Uma universidade que se propõe a ensinar adequadamente e concede ao aluno o que estamos assistindo por aí está praticando um estelionato educacional, o qual vamos combater”.
Francisco Faiad esclareceu que a OAB jamais se colocou contrária à abertura de faculdades e à oferta de mais vagas aos alunos. Ele lembrou, inclusive, que hoje apenas 7% da população estudantil brasileira tem acesso a um curso superior. “É óbvio que queremos melhorar essa estatística. Porém, isso não pode acontecer às custas de um ensino de péssima qualidade”, frisou Faiad, lembrando que existem universidades que dispensam até mesmo o vestibular para atrair os alunos.
O Exame de Ordem, nos moldes aplicados em Mato Grosso, segundo o presidente da OAB-MT, é a garantia mínima que a sociedade tem para constituir advogados capazes, com o mínimo de condições de atuar nos mais diversos tipos de ações. Do total de inscritos, ou seja, daqueles que as universidades aprovam como bacharéis em Direito, cerca de 10 a 15% conseguem aprovação para o exercício pleno da advocacia. “Isso nos dá duas certezas: a de que o Exame de Ordem é necessário e importante e que o ensino jurídico oferecido por muitas instituições não é de boa qualidade”, finalizou Faiad.