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Em Minas Gerais, jovem de 20 anos passa no exame de Ordem

domingo, 14 de janeiro de 2007 às 10h45

Governador Valadares (MG), 14/01/2007 - Com apenas 10 anos de idade ele surpreendeu promotores, advogados, jurados e o próprio pai, então juiz da comarca de Novo Cruzeiro, na Região do Vale do Jequitinhonha, ao perceber um erro que ninguém havia visto em um processo já sentenciado. Aos 13 passou no primeiro vestibular para Direito que tentou na vida. Aos 15, depois de passar em cinco vestibulares, conseguiu na Justiça o direito de cursar a faculdade paralelamente ao ensino médio. Hoje, aos 20 anos, foi um dos 17 aprovados no último exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Governador Valadares. Com um histórico deste, não dá para esconder que Roberto Apolinário de Castro Junior, oficial do Ministério Público em Galiléia e em Governador Valadares, seja um exemplo atípico entre os jovens da mesma faixa etária.

Atualmente, muito tem se falado na dificuldade do exame da OAB. A cada dia que passa, poucos são os candidatos que conseguem ser aprovados. Ele fez o exame no início de dezembro, dias antes da formatura de sua turma em Direito, e como não poderia ser diferente, foi aprovado. A trajetória do jovem prodígio na área jurídica ainda tem um longo caminho pela frente, mas pode-se dizer que começou ainda na infância.

O pai, o juiz Roberto Apolinário de Castro, diferente do que muitos possam acreditar, sonhava em ver o filho atuando como médico, não importava a especialidade. Mas, com o pai e a mãe, que é advogada, atuando na área jurídica, não é de se estranhar o interesse do jovem por processos e litígios. Por vontade própria, ainda criança, Junior acompanhava o pai quando este ainda era advogado. Quando assumiu um cargo na magistratura, Castro lembra que também contava com a ‘ajuda‘ do filho. ‘Quando ele tinha dez anos ia para meu gabinete pedir para fazer algo e, por vontade própria, separava os processos por tipo de infração penal‘, lembra o juiz.

Bem humorado, o próprio Junior recorda que a irmã Renata era ‘vítima‘ de suas ‘audiências‘. ‘Uma vez, ainda criança, ela deixou um cinzeiro cair na cabeça de um pintinho que tínhamos em casa e ele morreu. Eu fiz o ’julgamento’ dela‘, lembrou o jovem, sorrindo.

O ingresso na faculdade de Direito se deu aos 15 anos, após cinco aprovações em vestibulares feitos desde os 13. Apolinário lembra que o próprio filho o questionou se não iria fazer nada para que ele pudesse freqüentar o curso. ‘Foi uma decisão difícil a de entrar na Justiça. Sabíamos que não seria fácil, mas hoje sabemos que valeu a pena‘, afirma o juiz.

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