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Busato: segurança no fundo do poço mostra desgoverno no País

quinta-feira, 20 de julho de 2006 às 10h22

Curitiba (PR), 20/07/2006 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, responsabilizou hoje (20) em entrevista os governos federal e dos Estados pela expansão do crime organizado e das facções criminosas que comandam ataques terroristas e o tráfico de drogas e armas de dentro das prisões brasileiras. Para o presidente da OAB, o quadro enfrentado na área da segurança pública no País chegou à situação-limite do sistema penitenciário. “É o fundo do poço, e estas rebeliões e os ataques terroristas freqüentes afrontam o Estado Brasileiro e a República”, disse ele no aeroporto de Curitiba, antes de embarcar para Cuiabá, de onde viaja a Campo Novo de Parecis (MT) para inaugurar a sede da Subseção da OAB.

Na opinião de Busato, essa situação vivida pelo País na segurança pública demonstra que a impunidade, a exclusão social e a injustiça estão cada vez mais imperando no Brasil. “Vive-se a expressão máxima do desgoverno e da falência das instituições”, criticou, observando que, no que se refere à entidade dos advogados, ela continuará combatendo as injustiças e a impunidade, inclusive no que se refere aos inscritos no quadro da OAB.

”Reitero que o criminoso travestido em advogado precisa ser banido da nossa profissão; o que estiver fora da ética, da lei e da decência não é advocacia: é banditismo e, como tal, deve ser tratado", frisou o presidente nacional da OAB. Ele salientou que o quadro de caos na segurança pública brasileira só será alterado quando o governo brasileiro implementar políticas nacionais de regeneração de presos e aplicar os recursos do Fundo Nacional Penitenciário na melhoria do sistema penitenciário.

Nesse sentido, Busato avalia que os investimentos teriam que ser feitos em não só em segurança, mas também em programas sociais e educação. Para ele, caso essas medidas não sejam adotadas,o crime organizado prosseguirá afrontando e amedrontando a sociedade brasileira. “Falta coragem e competência para diminuir o caos e encontrarmos solução para os problemas que são, antes de tudo, de cunho social'''', observou.

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