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Presidente da CNBB apóia discurso de Busato no Supremo

quarta-feira, 3 de maio de 2006 às 16h22

Brasília, 03/05/2006 – O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Majella Agnelo, manifestou hoje (03) apoio ao teor do discurso proferido pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, na cerimônia de posse da ministra Ellen Gracie na presidência do STF, no qual Busato criticou a falta de punição para os deputados envolvidos na crise do “mensalão”. Dom Geraldo Majella se disse preocupado com os reflexos dessa crise para as eleições de outubro próximo e receoso diante da possibilidade de essas serem as eleições mais sujas já registradas no país.

“É preciso estar atento e, por isso, formar bem a nação. Os que querem usar de recursos de toda natureza para captar os seus votos, estarão, mais do que nunca, sob o nosso olhar atento”. A afirmação foi feita pelo presidente da CNBB em entrevista concedida após participar do lançamento na Bahia da Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral, encabeçada pelo Conselho Federal da OAB e CNBB. A estréia do movimento no Estado ocorreu hoje no auditório da Seccional da OAB da Bahia.

Durante a cerimônia, Dom Geraldo Majella Agnelo explicou que essa será, sobretudo, uma mobilização contra a corrupção eleitoral, contra os desmandos políticos e, portanto, um campanha de conscientização da população para que vote melhor nas eleições deste ano. “A maioria do contingente de pessoas que vota é pobre, pobre mesmo, e são os manipuláveis. Queremos evitar que eles sejam manipulados”, afirmou o presidente da CNBB.

“Não vamos forçar ninguém a votar neste ou naquele, não é a nossa missão, mas queremos que eles se preparem bem, conheçam e escolham melhor seus candidatos e não dêem o seu voto a troco de alguma promessa ou retribuição. O voto, como temos falado, não tem preço, mas tem conseqüências”, enfatizou o presidente da CNBB.

Campanha

"Voto não tem preço, tem conseqüência" é o slogan da Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral, lançada pela OAB e CNBB, pela quarta edição consecutiva. Participaram ainda do lançamento da campanha na Bahia o presidente da Seccional da OAB, Dinailton Oliveira; o secretário-executivo da Comissão de Justiça e Paz, Daniel Seidel; e o representante da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais, juiz Márlon Jacinto Reis. Na ocasião, a CNBB apresentou a cartilha Cidadania e Eleições - Para um Processo eleitoral limpo e justo. A publicação traz informações que enfatizam a importância da lisura no processo eleitoral.

Além da OAB e CNBB, a Campanha é integrada por 16 outras entidades e um de seus objetivos é divulgar a Lei 9.840, que trata da “compra de votos” como ato ilícito administrativo, passível de cassação do registro da candidatura ou do diploma de quem praticá-la. “Estamos batendo na tecla de que a lei 9.840, sobre a denúncia de corrupção eleitoral, seja sempre atuante, ativa porque não faltarão, nunca, aqueles que investem na corrupção”, finalizou Dom Geraldo Majella Agnelo.

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